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Ambev (ABEV3): XP corta preço-alvo da e rebaixa ação, com alerta sobre tendências de consumo

30 set 2025, 12:01 - atualizado em 30 set 2025, 12:01
ambev-abev3
(Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A XP Investimentos rebaixou a recomendação para a Ambev (ABEV3) de neutra para venda e reduziu o preço-alvo de R$ 13,40 para R$ 10,90 para a ação, citando um cenário operacional desafiador e mudanças estruturais no consumo que devem limitar o potencial dos papéis.

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De acordo com relatório divulgado nesta terça-feira (30), o valuation atual da companhia está elevado em relação às perspectivas de lucro.

A XP diz que a ação negocia a 14,1 vezes o lucro estimado para 2026, o maior nível desde meados de 2023. O lucro por ação projetado pela casa está 13% abaixo do consenso de mercado.

O banco espera um momentum fraco de resultados ao menos até o segundo semestre de 2026, impactado por um ambiente mais competitivo, custos mais altos e retração do consumo de cerveja no Brasil.

A XP estima que 2025 marcará o segundo ano consecutivo de queda no consumo per capita de cerveja, refletindo tanto condições climáticas desfavoráveis quanto mudanças de hábito dos consumidores.

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No curto prazo, o terceiro trimestre de 2025 (3T25) deve seguir pressionado, com queda projetada de 6,1% nos volumes de cerveja no país, após um segundo trimestre já negativo.

Além disso, os custos de produção devem acelerar, com o custo por hectolitro (a cada 100 litros) projetado para crescer 5,7% em 2025 e 8,1% em 2026, comprimindo margens em um momento de volumes menores e menor poder de precificação.

Do lado estrutural, os analistas destacam duas tendências que podem afetar o negócio no longo prazo:

  • A expansão das preferências por produtos saudáveis e bebidas sem álcool — impulsionada por gerações mais jovens, que consomem menos álcool e priorizam saúde e bem-estar;
  • O avanço dos medicamentos à base de GLP-1, usados para emagrecimento e diabetes, que têm mostrado reduzir significativamente o consumo de alimentos e bebidas alcoólicas.

Embora a Ambev tenha expandido seu portfólio de bebidas zero álcool — com Brahma, Budweiser e Corona —, a XP avalia que o crescimento nesse segmento ainda não compensa a desaceleração geral da indústria, afetando especialmente marcas não premium, nas quais a empresa tem forte presença.

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“Essas tendências, combinadas ao fraco crescimento de resultados, devem manter limitada a capacidade de reavaliação da ação no curto prazo”, diz a XP.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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