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Montanha-russa: Ambipar (AMBP3) chega a saltar 50%, mas diminuiu fôlego

10 out 2025, 14:30 - atualizado em 10 out 2025, 14:35
Ambipar Response ambp3 swing trade day trader
Em meio à crise e à enxurrada de notícias, é difícil apontar com precisão o que sustenta a alta do papel (Divulgação)

A Ambipar (AMBP3) entrou de vez no mundo das penny stocks.

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Nesta sexta-feira (10), a ação chegou a disparar 50%, ultrapassando o R$ 1, mas perdeu força ao longo do dia. Por volta das 14h, o papel subia ‘míseros’ 11%.



O movimento é típico de ações negociadas a preços muito baixos: qualquer variação mínima gera grandes saltos (ou quedas).

Em termos práticos, uma oscilação de R$ 0,01 em uma ação cotada a R$ 0,10 representa variação de 10%. Já em uma ação de R$ 20, a mesma oscilação equivale a apenas 0,05%.

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Essa volatilidade levou, inclusive, a B3 a criar uma regra: empresas não podem ter o preço de fechamento de suas ações abaixo de R$ 1 por 30 pregões consecutivos.

A norma, implementada em 2015, estabelece prazos para que companhias revertam a classificação de penny stocks.

Por que a Ambipar sobe?

Em meio à crise e à enxurrada de notícias, é difícil apontar com precisão o que sustenta a alta do papel. Ainda assim, a Ambipar teve algumas notícias positivas recentes.

Segundo o Valor Econômico, a empresa venceu uma disputa judicial contra o Bradesco (BBDC4).

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O banco acusava a companhia de fraudar credores e pediu restrições ao controlador Tercio Borlenghi, mas o pedido foi negado pela juíza Ana Laura Correa Rodrigues, da 3ª Vara Cível, que extinguiu o processo.

O episódio ocorre em meio à disputa entre Tércio Borlenghi Júnior e os bancos credores.

Mais cedo, a empresa recebeu uma carta do controlador informando redução de sua participação no capital social total e votante da companhia — de 73,48% para 67,68%.

O documento aponta a transferência ao Bradesco de 72.233.230 ações ordinárias, das quais 15.896.900 ações foram vendidas entre 30 de setembro e 6 de outubro de 2025.

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Borlenghi alega, porém, que a redução de participação ocorreu de maneira ilegal, por meio de venda forçada de ações por credores, em violação a uma ordem judicial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

“A alienação irregular de ações da companhia, em curto espaço de tempo e em violação à decisão judicial, resultou em perda estimada de valor de mercado de aproximadamente R$ 20 bilhões”, afirmou em carta.

A crise na Ambipar

A situação da companhia se deteriorou nas últimas semanas.

No dia 22 de setembro, os bonds da Ambipar com vencimento em 2031 desabaram no mercado internacional, pouco antes do anúncio de sua sétima emissão de debêntures, no valor de R$ 3 bilhões.

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No radar, está uma possível recuperação judicial. De acordo com a Bloomberg, a empresa deve entrar com o pedido na Justiça do Rio de Janeiro.

Desde o pedido de proteção contra credores, o mercado especula sobre a RJ — embora uma fonte consultada pelo Money Times tenha afirmado que a intenção inicial da empresa era evitar o processo.

Ao fim do segundo trimestre, o endividamento líquido da Ambipar somava quase R$ 6 bilhões, com dívida líquida/Ebitda de 3,2 vezes para 2025, segundo cálculos do UBS BB.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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