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Americanas (AMER3) sofre novo revés após buraco de R$ 20 bilhões

13 jan 2023, 17:06 - atualizado em 14 jan 2023, 1:19
De acordo com a Fitch, os passivos adicionais em uma base pró-forma aumentariam a relação dívida líquida ajustada/Etida da Americanas para 11,9x (Imagem: Divulgação)

A Americanas (AMER3) teve o rating rebaixado pela Fitch em moeda estrangeira e local de BB para CC, mostra documento enviado ao mercado nesta sexta-feira (13).

Além disso, a S&P também rebaixou o rating da empresa.

De acordo com a Fitch, os passivos adicionais em uma base pró-forma aumentariam a relação dívida líquida ajustada/Etida da Americanas para 11,9x contra 5,5x calculado anteriormente.

Os principais pontos ressaltados para o rebaixamento foram estrutura de capital insustentável, com a adição de R$ 20 bilhões em passivos e flexibilidade financeira limitada, devido à nova estrutura de capital e deterioração em sua credibilidade. O suporte dos credores, segundo ela, será crucial para melhorar este cenário.

“A Fitch acredita que é provável que a Americanas entre em um acordo de standstill com seus credores, dada a estrutura de capital insustentável que existe agora e os danos à reputação ocorridos”, coloca.

Na prática, o rebaixamento da ação significa que a empresa terá mais dificuldade para buscar crédito junto a credores. Além disso, a varejista perde ainda mais atratividade e se torna mais arriscada.

Esse é mais um capítulo das inconsistências anunciadas na quarta. Após o episódio, inúmeras casas de análises, bancos e corretoras cortaram a recomendação da companhia ou deixaram sobre revisão.

BTG PactualXP InvestimentosMorgan StanleySafraItaú BBA e Bradesco BBI colocaram as ações em revisão, com todos citando a falta de mais informações sobre o episódio.

O Morgan Stanley fala de “visibilidade limitada”, enquanto a XP avalia que, mesmo depois da reunião com a companhia e com os esclarecimentos dados, faltam detalhes do impacto financeiro nos números da companhia, que só devem ser publicados depois do processo de auditoria.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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