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Americanas (AMER3) tem menos distrações relacionadas ao processo de recuperação judicial, diz CEO; ações caem 8% após 1T25

15 maio 2025, 15:22 - atualizado em 15 maio 2025, 17:50
americanas amer3
A Americanas viu seu resultado do primeiro trimestre de 2025 (1T25) ser impactado pela data da Páscoa neste ano. (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A Americanas (AMER3) viu seu resultado do primeiro trimestre de 2025 (1T25) ser impactado pela data da Páscoa neste ano. A companhia, em recuperação judicial, reportou prejuízo de R$ 496 milhões no período de janeiro a março deste ano, revertendo o lucro de R$ 453 milhões apurado um ano antes.

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Em reação, as ações da varejista, que são negociadas fora do Ibovespa, operaram em forte queda nesta quinta-feira (15). AMER3 enecerrou a sessão com baixa de 8,19%, a R$ 5,27.

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Os números de Americanas

Além de reverter o lucro líquido em prejuízo no primeiro trimestre deste ano, a Americanas registrou outros números negativos entre janeiro e março.

Entre eles, o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 35 milhões no período e também reverteu o indicador positivo reportado um ano antes, de R$ 1,3 bilhão. No critério ajustado, considerando o pagamento de aluguéis, ficou negativo em R$ 20 milhões ante um ganho de R$ 243 milhões registrado no mesmo período de 2024.

A receita líquida totalizou R$ 3,058 bilhões entre janeiro e março, retração anual de 17,4%. O volume bruto de mercadorias (GMV) somou R$ 4,1 bilhões no 1T25, um recuo de 24,8% na base anual.

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Culpa da Páscoa?

Durante teleconferência de resultados, Camille Faria, CFO da varejista, afirmou que o deslocamento da Páscoa para o segundo trimestre e valores não recorrentes que entraram no primeiro trimestre do ano passado obstruem a comparação anual dos números.

O CEO da Americanas, Leonardo Coelho, complementa que o número veio em linha as projeções. Ele aponta a Páscoa como um “evento importantíssimo no calendário de vendas da companhia”, e que esse ano aconteceu no segundo trimestre.

Segundo o CEO, a Páscoa, para a Americanas, é quase tão importante quanto o Natal.

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“Seria como se o nosso Natal aqui caísse no mês de janeiro, ao invés de cair no mês de dezembro e, portanto, turvasse um pouco as comparações quando a gente olha exclusivamente o primeiro trimestre de 2025 contra o primeiro trimestre de 24, sem fazer esses ajustes de sazonalidade”.

O CEO afirma ainda que, dois anos após o maior escândalo financeiro recente, 2025 marca a transição de uma empresa em reestruturação para uma empresa em crescimento.

“Isso não quer dizer que a gente não esteja ainda em reestruturação, mas quer dizer sim que a cada dia que passa, a gente gasta e investe mais tempo na construção do negócio com menos distrações relacionadas a todo o processo de recuperação judicial”, pondera.

Leonardo e Camille assumiram o comando de uma Americanas em situação delicada logo após a fraude contábil vir à tona. Eles destacam que a companhia vem trimestre após trimestre dando continuidade à melhoria operacional.

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“A fotografia de um trimestre, em particular desse primeiro trimestre de 2025, é mais um capítulo nesse filme que compõe essa trajetória de longo prazo de uma companhia quase centenária que vai seguir como referência para o varejo brasileiro”, diz Coelho.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
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Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.