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Americanas S.A., Via, Enjoei ou Mosaico? Conheça o destaque do 2º trimestre, de acordo com XP

22 jul 2021, 12:25 - atualizado em 22 jul 2021, 13:26
Via Varejo
Impulsionada pela aceleração do marketplace, a Via deve ser o destaque do setor de e-commerce na temporada de resultados do segundo trimestre (Imagem: Youtube/Casas Bahia)

Na avaliação da XP Investimentos, os varejistas tradicionais e as redes de farmácias devem ser o destaque da temporada de resultados do segundo trimestre de 2021, que começou na terça-feira com Neoenergia (NEOE3) e Indústrias Romi (ROMI3) reportando números fortes.

Apesar da boa recuperação esperada para o varejo físico, as empresas de e-commerce ainda devem entregar – mesmo com a forte base de comparação – um sólido desempenho.

Segundo a XP, as companhias vão apresentar crescimento dos canais online na comparação ano a ano, mas haverá uma desaceleração em comparação aos trimestre anteriores.

A Via (VVAR3) deve ser o destaque positivo entre os nomes do comércio eletrônico, com expectativa de crescimento do GMV (volume total de mercadorias) total de 50% no comparativo anual, impulsionado pela aceleração do marketplace.

“A companhia continua expandindo seu marketplace através da adição de novos sellers e de incentivos comerciais”, comentou a corretora.

A XP espera que a Via reporte margem bruta estável, enquanto a margem Ebitda ajustada deve crescer 1,4 ponto percentual devido à alavancagem operacional.

O lucro líquido estimado para a companhia é de R$ 73 milhões, impactado de maneira positiva por efeitos fiscais não recorrentes.

Outras empresas

A Americanas S.A. (AMER3), empresa criada a partir da fusão entre B2W e Lojas Americanas (LAME3;LAME4), deve reportar crescimento no GMV consolidado de 30,5%, refletindo a expansão das operações online, que passaram a se beneficiar das novas políticas comerciais implementadas pela empresa (redução de comissões e frete grátis para todo o país).

As vendas nas lojas físicas devem mostrar expansão de 18% ano a ano, com o indicador SSS (Vendas Mesmas Lojas) crescendo 16%.

Americanas, B2W
A Americanas S.A. deve reportar crescimento no GMV consolidado de 30,5%, refletindo a expansão das operações online, que passaram a se beneficiar das novas políticas comerciais (Imagem: YouTube/Americanas)

A Americanas S.A. deve registrar margem Ebitda consolidada de 12,9% (ante 8,8% no primeiro trimestre) e prejuízo líquido de R$ 42 milhões.

O Enjoei (ENJU3), que já deu um gostinho de como foi seu segundo trimestre após reportar os dados operacionais preliminares do período, mostrou uma boa performance no GMV. Os analistas projetam para a companhia receita líquida de R$ 25 milhões, representando alta de 91% ano a ano, além de margem bruta de 28%, Ebitda negativo de R$ 26 milhões e prejuízo líquido de R$ 26 milhões.

A Mosaico (MOSI3) deve apresentar mais um trimestre desafiador, não só por conta de uma base de comparação forte, mas também devido à estratégia agressiva de cupons de desconto e cashback oferecidas pelas plataformas de marketplace.

A queda na receita líquida projetada para a empresa é de 20% no comparativo anual. A margem Ebitda deve atingir 5,4%, saindo de 38% no segundo trimestre de 2020.

“Destacamos que, apesar do trimestre fraco, a companhia já começou a expandir sua oferta de cashback e recentemente lançou uma plataforma de cupons, que devem contribuir para um melhor momentum de resultados a partir do terceiro trimestre de 2021″, disse a XP.

A XP tem recomendação neutra para a Via e de compra para Americanas S.A., Enjoei e Mosaico.

A Via vai divulgar seus resultados em 11 de agosto. As demonstrações financeiras de Americanas S.A., Enjoei e Mosaico vão sair nos dias 12, 13 e 16 de agosto, respectivamente.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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