Analista projeta alta duradoura nos mercados com provável corte de juros nos EUA: ‘espero um ralizão no final do ano’

Os mercados globais operam em alta nesta sexta-feira (22), após Jerome Powell, chairman do Federal Reserve (Fed), sinalizar que a autarquia deve votar por um corte de juros nos Estados Unidos em breve.

No Giro do Mercado, a jornalista Paula Comassetto recebeu João Piccioni, CIO da Empiricus Asset, que afirmou que a alta não deve ser apenas uma euforia de curto prazo.

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“O horizonte me parece bastante positivo para um ambiente de tomada de risco. Não é que o Powell está cedendo (à pressão do presidente Donald Trump), é que ele está vendo que está na hora de abrir as portas e fazer as economias andarem”, afirmou Piccioni.

O especialista ressalta que uma queda de juros nos EUA não beneficia apenas o mercado local, mas também impulsiona a economia de países europeus e emergentes.

No Brasil, os ativos sobem de acordo com a perspectiva de Piccioni. Após as falas de Powell no simpósio de Jackson Hole, o Ibovespa (IBOV) disparou, subindo mais de 2%.

“Esse movimento vai abrir espaço para comprar bolsa no geral. Espero um ralizão de final de ano. O S&P 500 deve se aproximar muito mais dos 6800 no final do ano e ainda acho que a bolsa brasileira vai se manter acima dos 140 mil”, disse.

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Além do mercado de capitais, o dólar cai 1% em relação ao real. O analista acredita que a moeda americana não deve se fortalecer no próximo ano, sobretudo se confirmada a expectativa de que o Fed derrube os juros em um patamar parecido com o do mercado europeu.

“Não tem muito espaço para o dólar se fortalecer tanto. Só vai se fortalecer por eventuais ganhos de produtividade ou industriais, mas isso é mais pro médio prazo”, disse.

O programa ainda abordou o desempenho dos ativos de tecnologia e outros destaques internacionais. Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.

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