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Ações do Bradesco caem apesar de melhora em indicadores de rentabilidade

25 abr 2019, 11:40 - atualizado em 25 abr 2019, 11:53
Ações do banco são consideradas top pick no setor financeiro

As ações do Bradesco (BBDC4) estão em queda de 2,4%, negociadas a R$ 34,78, apesar de um resultado no primeiro trimestre de 2019 que foi visto como positivo por analistas. O banco alcançou lucro líquido recorrente de R$ 6,2 bilhões, variação positiva de 22% na base anual de comparação.

Confira aqui os detalhes do resultado

Para o BTG Pactual, o Bradesco apresentou “resultados decentes”, considerando principalmente que o PIB brasileiro deverá apresentar variação negativa em relação ao último trimestre, segundo a equipe de análise.

Os analistas Eduardo Rosman e Thiago Kapulskis destacaram que os empréstimos cresceram 3% na base trimestral, com queda de 24 pontos-base na inadimplência. “No geral, foi um bom início de ano”, aponta o BTG, reiterando recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 43,00 – upside (potencial de valorização) de 20,6% em relação ao fechamento da última quinta-feira (24).

“Outro ponto positivo do trimestre foi mais uma vez a qualidade dos ativos”, declarou a instituição, ressaltando que os empréstimos inadimplentes com prazo superior a 90 dias melhoraram 110 pontos-base na relação anual, para 3,27%.

ROE sólido

Por sua vez, o Credit Suisse destaca o ROE (Return on Equity) sólido de 19,7% e a melhora significativa na regulação e nos ganhos, acima do consenso e das projeções da equipe de análise do banco.

“Vale ressaltar o forte aumento na base trimestral de 70 pontos-base na relação CET1, para 13%”, avaliam os analistas Marcelo Telles, Lucas Lopes, Otavio Tanganelli e Alonso Garcia, que reiteram a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para os papeis do banco, listando-os como top pick do setor, ao lado das ações do Banco do Brasil (BBAS3). O preço-alvo das ações é de R$ 46,67 – upside de 30,9% frente à última sessão.

O banco suíço também destacou positivamente o crescimento do volume de empréstimos, com variação positiva de 13,1% na base anual de comparação.

Trimestre decente

Para a XP Investimentos, o primeiro trimestre deste ano foi “decente, sem grandes surpresas positivas ou negativas, e isso refletiu tanto o lento crescimento da atividade no Brasil quanto os fatores sazonais do período, com menos dias úteis”.

Além disso, a corretora ressalta a queda da inadimplência, a expansão de 6,2% na base anual na margem com clientes, a melhora do resultado do segmento de seguros e o crescimento da carteira. “Na comparação anual, os empréstimos subiram 12,7%, impulsionados por pessoas físicas”, avalia a instituição.

A XP Investimentos também lista recomendação de compra as ações e as considera top pick do setor, com preço-alvo de R$ 47,00 – upside de 31,8%, de acordo com o último fechamento.

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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