Anvisa aprova o melhor remédio do mundo contra insônia: o que diferencia o lemborexante dos concorrentes

Virar na cama, mudar de posição, mexer no celular e, no fim, mais uma noite mal dormida — a insônia atinge 73 milhões de brasileiros, segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS). Agora, há uma nova esperança: o lemborexante (Dayvigo), recém-aprovado pela Anvisa, é considerado o melhor remédio do mundo para tratar o problema.
Mas por que ele é tão eficaz?
Pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, destacaram o lemborexante como o medicamento com melhor equilíbrio entre eficácia, aceitabilidade e tolerabilidade em um estudo que avaliou 36 opções, publicado na revista The Lancet.
A grande diferença do lemborexante está na forma como ele age no cérebro. Enquanto benzodiazepínicos — como clonazepam, diazepam e lorazepam — e drogas Z — como zolpidem — apenas reduzem a atividade do sistema nervoso central, o lemborexante bloqueia os sinais que mantêm o cérebro acordado, promovendo um sono mais natural.
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Como usar o lemborexante
A Anvisa recomenda uma dose inicial de 5 mg, uma vez por noite, alguns minutos antes de dormir, garantindo pelo menos 7 horas até o despertar. Se necessário, a dose pode ser aumentada para 10 mg. O uso é aprovado somente para adultos.
Menos efeitos colaterais e menor risco de dependência
Outro diferencial importante do lemborexante é a menor incidência de efeitos colaterais em comparação aos remédios tradicionais contra a insônia.
Benzodiazepínicos e drogas Z podem causar dependência, problemas cognitivos e reações graves, como sonambulismo e paradas respiratórias, principalmente quando combinados com álcool.
Estudos clínicos recentes mostram que o lemborexante apresenta menor risco de dependência e efeitos adversos, tornando-se uma alternativa mais segura para o tratamento da insônia no Brasil.