O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, concede entrevista nesta quarta-feira (10), às 16h30 (horário de Brasília). A coletiva acontece após o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) confirmar mais um corte nos jurosde referência dos Estados Unidos.
A Fed Funds rate passou para o intervalo de 3,50% a 3,75% ao ano. O reajuste já era amplamente esperado pelo mercado, apesar das incertezas em relação à economia norte-americana.
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Além disso, o gráfico de pontos do Fed mostra uma divisão nas projeções para 2026. Quatro dirigentes enxergam os juros entre 3,50% e 3,75% — portanto, sem cortes —, outros quatro situam a taxa entre 3,25% e 3,50%, e mais quatro projetam um intervalo de 3% a 3,25%.
Três membros ainda preveem uma alta de 0,25 ponto percentual no fim de 2026, levando a taxa para 3,75% a 4%. Já dois dirigentes trabalham com juros mais baixos, entre 2,75% e 3% no próximo ano.
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O Fed também revisou para baixo a projeção de inflação pelo PCE em 2025, de 3% para 2,9%. Para 2026, a estimativa também recuou, passando de 2,6% para 2,4%.
Na atividade econômica, a mediana das projeções para o PIB dos EUA em 2025 subiu de 1,6% para 1,7%, enquanto, para 2026, avançou de 1,8% para 2,3%. Já a mediana das estimativas para a taxa de desemprego permaneceu estável: 4,5% em 2025 e 4,4% em 2026.
>> Powell: São principalmente as tarifas que estão causando o excesso de inflação
17h09
>> Powell: Estamos comprometidos com a meta de inflação, mas esta é uma situação complicada e incomum, em que o mercado de trabalho também está sob pressão
17h06
>> Powell: Estamos trabalhando para manter a inflação sob controle, mas também apoiar o mercado de trabalho e salários fortes
17h03
>> Powell: Se não houver novos anúncios de tarifas, a inflação dos bens deve atingir o pico no primeiro trimestre do próximo ano
17h02
>> Powell: Não tomamos nenhuma decisão sobre janeiro, mas acreditamos estar bem posicionados para esperar e ver como a economia se comporta
16h58
>> Powell: Estamos bem posicionados para esperar e observar
16h57
>> Powell: Algumas pessoas acreditam que devemos parar aqui, outras acham que deveríamos cortar uma ou mais vezes
16h56
>> Powell: Eu não vejo que uma alta de juros seja o cenário base de ninguém neste momento
16h55
>> Powell: Temos apenas uma ferramenta, não podemos agir em duas frentes [emprego e inflação] ao mesmo tempo
16h54
>> Powell: É uma decisão difícil. Sempre esperamos que os dados nos deem uma leitura clara, mas, nesta situação, há riscos concorrentes
16h53
>> Powell: Temos pessoas com opiniões fortes, mas chegamos a um consenso para tomar decisões. Hoje, 9 de 12 apoiaram a decisão de corte
16h52
>> Powell: Todos no Fomc concordam que a inflação está alta e que o mercado de trabalho enfraqueceu, a diferença está em como você pondera esses riscos
16h51
>> Powell: Sentimos que onde estamos agora nos coloca em boa posição para aguardar e observar como a economia evolui a partir daqui
16h50
>> Powell: Mantivemos nossa taxa em 5,4% por mais de um ano porque a inflação estava muito alta, e o desemprego e o mercado de trabalho estavam muito sólidos
16h48
>> Powell: A nova linguagem indica que vamos analisar cuidadosamente os dados que chegarem
16h47
Fed vê mercado de trabalho desacelerar, enquanto inflação segue acima da meta
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, destacou que o Fed segue totalmente focado em seu duplo mandato de promover máximo emprego e preços estáveis. Apesar de alguns dados recentes do governo ainda não terem sido divulgados, os indicadores disponíveis mostram que a atividade econômica cresce de forma moderada, o consumo das famílias permanece firme e o investimento empresarial continua avançando, embora o setor imobiliário siga fraco. O mercado de trabalho apresenta sinais de desaceleração gradual, com desemprego projetado em 4,5% no final do ano, e a inflação, embora menor que os picos de 2022, continua acima da meta de 2%. Diante desse cenário, o FOMC decidiu reduzir a taxa de juros em um quarto de ponto percentual, iniciando também compras de títulos do Tesouro de curto prazo para manter uma oferta adequada de reservas e garantir o controle efetivo da taxa de política.
Powell explicou que os ajustes recentes colocam a política monetária dentro de uma faixa plausível para o nível neutro, permitindo avaliar futuros ajustes conforme novos dados e riscos surgem. As projeções indicam crescimento do PIB de 1,7% em 2025 e 2,3% em 2026, com inflação de 2,9% neste ano e 2,4% no próximo, caindo para 2% posteriormente. A implementação da política monetária seguirá uma abordagem equilibrada, usando operações de recompra e compras de títulos para garantir estabilidade no mercado de reservas. Powell reforçou que o Fed manterá o compromisso de apoiar o emprego máximo e reduzir a inflação de forma sustentável, destacando que o sucesso nessas metas é crucial para famílias, empresas e comunidades em todo o país.
16h43
>> Powell: Continuamos comprometidos em apoiar o máximo emprego, reduzir a inflação até a meta de 2% e manter bem ancoradas as expectativas
16h41
>> Powell: A política monetária não segue um curso predefinido, e nossas decisões serão tomadas reunião a reunião
16h41
>> Powell: Os ajustes em nossa postura de política desde setembro colocam-na dentro de uma faixa de estimativas plausíveis para o nível neutro
16h39
>> Powell: Um argumento razoável é que os efeitos das tarifas sobre a inflação serão relativamente de curta duração
16h39
>> Powell: Não há caminho sem riscos para a política enquanto navegamos essa tensão entre nossos objetivos de emprego e inflação
16h38
>> Powell: Os riscos de curto prazo para a inflação estão inclinados para cima, e os riscos para o emprego para baixo — uma situação desafiadora
16h38
>> Powell: Nossas ações de política monetária são orientadas pelo nosso duplo mandato de promover máximo emprego e preços estáveis para o povo americano
16h37
>> Powell: A inflação diminuiu significativamente em relação aos picos de meados de 2022, mas continua relativamente elevada
16h36
>> Powell: No mercado de trabalho, embora os dados ainda estejam atrasados, as evidências disponíveis sugerem que tanto as demissões quanto as contratações continuam baixas
16h34
>> Powell: O fechamento temporário do governo federal provavelmente afetou negativamente a atividade econômica no trimestre atual
16h33
>> Powell: As condições no mercado de trabalho parecem estar gradualmente se resfriando, e a inflação permanece relativamente elevada
16h32
>> Powell: Os dados disponíveis do setor público e privado indicam que a perspectiva para emprego e inflação não mudou muito desde nossa reunião em outubro
16h32
>> Powell: Continuamos totalmente focados em alcançar os objetivos do nosso duplo mandato: máximo emprego e preços estáveis
16h24
>> Coletiva de Powell começa em instantes
16h23
Gráfico de pontos: Confira as projeções do Fed para 2026
Projeções de juros:
4 dirigentes projetam juros entre 3,50% e 3,75% – sem cortes
4 dirigentes projetam juros entre 3,25% e 3,50%
4 dirigentes projetam juros entre 3% e 3,25%
3 membros preveem alta de 0,25 ponto percentual no fim de 2026, levando a taxa para 3,75% a 4%
2 dirigentes projetam juros mais baixos, entre 2,75% e 3%
Projeções de inflação (PCE):
2025: recuo de 3% para 2,9%
2026: recuo de 2,6% para 2,4%
Projeções do PIB dos EUA:
2025: aumento da mediana de 1,6% para 1,7%
2026: aumento da mediana de 1,8% para 2,3%
Projeções da taxa de desemprego:
2025: estável em 4,5%
2026: estável em 4,4%
16h00
Fed corta juros dos EUA em 0,25 pp em última reunião do ano e revisa projeções para 2026
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) cortou, nesta quarta-feira (10), os jurosde referência dos Estados Unidos (EUA) em 0,25 ponto percentual (p.p.). Com isso, a taxa passa para o intervalo de 3,50% a 3,75% ao ano.
Os diretores do Federal Reserve optaram por seguir o plano de flexibilização da política monetária iniciada em setembro, após cinco reuniões seguidas de manutenção, apesar das incertezas em relação às condições da economia norte-americana.
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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