Economia

Apetite por risco de instituições financeiras aumentou e ambiente demanda atenção, diz BC

05 jun 2024, 9:17 - atualizado em 05 jun 2024, 9:17
Prédio do Banco Central em Brasília
(Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O Banco Central avalia que o apetite por risco das instituições financeiras aumentou e o ambiente continua demandando atenção, considerando ainda que o cenário global prospectivo ainda apresenta riscos que podem levar à materialização de cenários de reprecificação de ativos financeiros globais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De acordo com ata de reunião do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) divulgada nesta quarta-feira (05), o ritmo de crescimento do crédito às famílias se estabilizou após um longo período de desaceleração, e há sinais de aquecimento em modalidades como veículos e crédito não-consignado. Mas foi observada piora nos critérios de concessão.

“O endividamento e o comprometimento de renda permanecem historicamente elevados”, destacou o documento, citando que nas empresas o ritmo de crescimento do crédito aumentou, mas sem alteração relevante nos critérios de concessão.

Em relação ao cenário global, o BC avalia que incertezas sobre a extensão do período de juros elevados e dos níveis de equilíbrio das taxas de juros no longo prazo, pressões decorrentes do diferencial de juros sobre as moedas, preocupações quanto à sustentabilidade fiscal, e suscetibilidade dos mercados a eventuais disrupções de oferta contribuem para manter os riscos de reprecificação de ativos sob atenção.

“O Comef avalia que a exposição do (sistema financeiro nacional) ao risco da taxa de câmbio é baixa e a dependência de funding externo é pequena”, apontou a ata. “A transparência, previsibilidade e credibilidade na condução das políticas monetária, fiscal e macroprudencial são essenciais para mitigar os riscos sistêmicos.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O documento reforçou ainda que o Comef está atento à evolução dos cenários doméstico e internacional e segue preparado para atuar, de forma a minimizar eventual contaminação desproporcional sobre os preços dos ativos locais.

O BC considera ainda que os preços dos ativos e o crescimento do crédito não representam preocupação no médio prazo, embora existam incertezas a serem acompanhadas.

Em relação ao Rio Grande do Sul, O BC considerou que as medidas adotadas até agora pelo Conselho Monetário Nacional e pela autoridade monetária favorecem a renegociação das dívidas existentes e ampliam a liquidez das instituições financeiras em que os devedores de municípios em estado de calamidade representam mais de 10% da carteira de crédito total.

“Com isso, permite-se que tomadores de crédito tenham melhores condições para enfrentar a situação emergencial, ao tempo em que se preserva a capacidade das instituições de ofertar crédito aos agentes afetados pelas enchentes”, disse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O Banco Central segue monitorando a intermediação financeira na região, e poderá adotar medidas adicionais a fim de manter o funcionamento eficiente e a solidez do sistema financeiro.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar