Mercados

Ibovespa salta mais de 3% sob tensão política; Embraer despenca mais de 10%

27 abr 2020, 12:16 - atualizado em 27 abr 2020, 12:22
Ibovespa
Os desdobramentos da crise política no país repercutem entre agentes do mercado (Imagem: Reuters/Rahel Patrasso)

O Ibovespa avançava na manhã desta segunda-feira, arriscando uma recuperação após o tombo da sessão anterior. A alta do índice estava em linha com o desempenho de bolsas internacionais, enquanto os desdobramentos da crise política no país repercutem entre agentes do mercado.

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Às 12:16, o Ibovespa (IBOV) subia 3,14%, a 77.699 pontos.

Na sexta-feira, o índice fechou em queda de 5,45%, depois de flertar com um mais um circuit breaker ao beirar 10% de baixa.

Em uma tentativa de demonstrar união dentro do governo, o presidente Jair Bolsonaro apareceu ao lado de ministros ao deixar o Palácio da Alvorada nesta segunda-feira, entre eles o titular da Economia, Paulo Guedes, e reiterou que é o auxiliar quem manda nas questões econômicas do governo.

“Neste cenário, as esperanças recaem sobre a manutenção de Guedes e uma conjunção política que possibilite o avanço das reformas prometidas até agora, em especial as de caráter fiscal”, afirmaram analistas da Infinity Asset em nota.

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Porém, a tensão política deve ser intensificada com a possível confirmação das nomeações do atual ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, para o comando do Ministério da Justiça e do atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, para a chefia da PF.

Jair Bolsonaro Sergio Moro
As indicações de dois amigos da família de Bolsonaro deverão elevar ainda mais o risco político, alerta Terra Investimentos (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

Analistas da Terra Investimentos afirmaram em nota que “as indicações de dois amigos da família de Bolsonaro deverão elevar ainda mais o risco político”.

Diante dos impactos da pandemia de coronavírus na economia e do tenso panorama político, a pesquisa Focus do Banco Central mostrou nesta segunda-feira que a expectativa agora é que o Produto Interno Bruto (PIB) recue 3,34% en 2020, contra queda de 2,96% prevista anteriormente.

Para analistas da XP Investimentos, a volatilidade do mercado brasileiro deve se manter alta e a cautela do investidor deve se elevar, “pois a crise política não era algo esperado no nosso cenário anterior”, segundo a casa.

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Destaques

O presidente da Embraer afirmou que não acredita que o acordo com a Boeing possa ser ressuscitado(Imagem: Site/Embraer)

Embraer (EMBR3) despencava 14%, após cancelamento de acordo com a Boeing. O presidente da companhia afirmou que não acredita que o acordo com a norte-americana possa ser ressuscitado.

Petrobras (PETR3) e Petrobras (PETR4) subiam 2,2% e 2,6%, respectivamente, em sessão volátil para os papéis da petrolífera, com os contratos futuros do petróleo operando em forte queda.

Casas Bahia Via Varejo Consumo
Dona das Casas Bahia e Ponto Frio adquire startup logística ASAPlog (Imagem: Reuters/Nacho Doce)

Via Varejo (VVAR3VVAR4) avançava 9,3%, na ponta positiva do índice. A empresa anunciou a compra da startup curitibana ASAPlog, especializada em soluções de logística urbana e conexão de transportadoras em etapas de longas distâncias. No setor, Lojas Americanas (LAME4) subia 7% e Magazine Luiza (MGLU3) ganhava 2,6%.

Hapvida (HAPV3) valorizava-se 4%. A companhia informou que poderá ampliar sua capacidade de leitos de UTI em mais de 20% “se houver necessidade” e que já investiu mais de 65 milhões de reais em medidas de combate à pandemia de coronavírus.

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Bradesco (BBDC4) subia 5,8%, endossando a alta do Ibovespa, assim como Itaú Unibanco (ITUB4), que tinha avanço de 5,1%, e Santander (SANB11), que ganhava 5,8%.

(Atualizada às 12h16 – Horário de Brasília)

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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