Eleições 2022

Apuração dos votos no domingo será acompanhada no TSE por presidentes do Supremo, Congresso e TCU

30 set 2022, 13:56 - atualizado em 30 set 2022, 13:56
Pacheco, que também preside o Senado, votará em Belo Horizonte, seu domicílio eleitoral, e depois irá a Brasília para acompanhar a apuração (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A apuração do resultado das eleições gerais no domingo será acompanhada pessoalmente na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, afirmaram fontes à Reuters.

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, convidou autoridades de outros Poderes e instituições para seguirem a apuração dos votos para presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais e distritais a partir das 17h (horário de Brasília).

A iniciativa de Moraes ocorre em meio a uma série de ataques e questionamentos sem provas que o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), tem feito sobre o atual sistema de votação por meio das urnas eletrônicas.

Bolsonaro está em segundo lugar nas pesquisas nacionais, que indicam uma possibilidade até de a disputa presidencial acabar já no domingo com a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A medida, segundo uma das fontes, é para demonstrar força institucional no momento da apuração e, assim, evitar que uma eventual contestação ao resultado possa ocorrer. Moraes já disse publicamente que quer divulgar na noite de domingo o resultado das eleições presidenciais.

Além de Rosa Weber, também devem comparecer ao TSE os ministros do Supremo Luiz Fux, ex-presidente do tribunal, Gilmar Mendes, decano da corte, e Luís Roberto Barroso, que presidiu o TSE até fevereiro deste ano e começou o processo de preparação para as eleições, segundo outra fonte.

O TSE ainda tem outros três ministros do Supremo em sua composição: além de Moraes, os ministros Ricardo Lewandowski, vice-presidente do tribunal eleitoral, e Cármen Lúcia.

Pacheco, que também preside o Senado, votará em Belo Horizonte, seu domicílio eleitoral, e depois irá a Brasília para acompanhar a apuração. Desde o início do ano, o senador tem atuado para defender a cúpula do Judiciário de ataques de Bolsonaro e também assegurar a confiança nas urnas.

Militares

O TSE também fez um convite a todas as entidades fiscalizadoras para acompanhar o processo de apuração dos votos, entre elas o Ministério da Defesa, comandado pelo general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Ele não confirmou se estará no tribunal para o ato.

Nessas eleições, de forma inédita, as Forças Armadas decidiram fazer uma checagem por amostragem da apuração dos votos das urnas eletrônicas, valendo-se dos chamados boletins de urnas (BUs).

O TSE também acatou uma sugestão dos militares de implementar um projeto-piloto de um teste de integridade por meio da biometria em 56 urnas eletrônicas, menos de 10% do total que serão inspecionadas.

Forças Armadas
O TCU também questionou a checagem por amostragem das Forças Armadas e pediu explicações ao Ministério da Defesa para esclarecer até esta sexta os critérios que serão adotados (Imagem: Antonio Cruz/ Agência Brasil)

O TSE, capitaneado por Moraes, decidiu aceitar essas propostas das Forças Armadas para aumentar a segurança e transparência do pleito, além de distensionar a relação com os militares no momento em que Bolsonaro chegou a usar sua ascendência hierárquica sobre os militares para levantar dúvidas sobre o sistema de votação brasileiro.

O TCU também fará uma auditoria em 4.161 urnas no país. O objetivo, segundo uma fonte do tribunal de contas, é atestar a confiança das urnas e rechaçar uma eventual divergência que porventura os militares possam apresentar.

O TCU também questionou a checagem por amostragem das Forças Armadas e pediu explicações ao Ministério da Defesa para esclarecer até esta sexta os critérios que serão adotados.

Aliado e defensor da reeleição de Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não deverá comparecer ao TSE para acompanhar a apuração da votação, disse uma fonte.

Ele candidato em busca de mais um mandato de deputado federal e deverá permanecer em Maceió no domingo cuidando da sua campanha e de aliados.

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