Internacional

Argentina planeja buscar novo plano com FMI, diz ministro

28 jul 2020, 15:21 - atualizado em 28 jul 2020, 15:21
Martín Guzmán
Guzmán também reiterou que o país atingiu o limite máximo no que está preparado para oferecer aos credores, embora tenha dito que o governo consideraria melhorar os termos legais da oferta (Imagem: REUTERS/Agustin Marcarian)

A Argentina vai buscar um novo programa com o Fundo Monetário Internacional, independentemente do resultado das negociações com credores de US$ 65 bilhões de títulos internacionais em default, disse o ministro da Economia, Martín Guzmán.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Guzmán também reiterou que o país atingiu o limite máximo no que está preparado para oferecer aos credores, embora tenha dito que o governo consideraria melhorar os termos legais da oferta.

“Após o processo de reestruturação da dívida com os credores privados, esperamos solicitar um novo programa do FMI que substitua o anterior, que não funcionou”, disse Guzmán em entrevista à Bloomberg Television na terça-feira. “Isso vai ocorrer independentemente do que acontecer com os credores privados.”

A segunda maior economia da América do Sul, que está em um momento-chave do processo de reestruturação da dívida, também tem pendente um acordo de US$ 56 bilhões negociado com o FMI pelo governo anterior.

O governo da Argentina trabalha para aumentar a arrecadação e reduzir o déficit fiscal, embora isso levará mais tempo do que o país e o FMI projetaram originalmente devido à pandemia de coronavírus, disse Guzmán.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“A consolidação fiscal deve ocorrer em um ritmo que permita à economia se recuperar e para sustentar essa recuperação”, disse.

A Argentina tem até 4 de agosto para reestruturar US$ 65 bilhões em dívida externa, depois entrar em default pela nona vez na história do país.

Martín Guzmán
O governo da Argentina trabalha para aumentar a arrecadação e reduzir o déficit fiscal, embora isso levará mais tempo do que o país e o FMI projetaram originalmente devido à pandemia de coronavírus, disse Guzmán (Imagem: REUTERS/Agustin Marcarian)

“Melhoramos significativamente a oferta e chegamos a um ponto em que é o esforço máximo que a Argentina pode fazer sem comprometer o curso social que tentamos alcançar”, disse Guzmán, ecoando comentários feitos recentemente pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández. “Fizemos um grande esforço.”

O país ainda não conta com o apoio dos três principais grupos de credores, que afirmam representar detentores de mais de 50% da dívida externa da Argentina depois de unir forças com outros fundos nesta semana.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A proposta mais recente dos credores exige um valor presente líquido de cerca de 3 centavos por dólar acima da oferta atual do governo, de cerca de 53 centavos, de acordo com relatório do Goldman Sachs.

Os grupos originalmente incluíam fundos como BlackRock, AllianceBernstein e Monarch Alternative Capital, e agora incluem BlueBay Asset Management, Fidelity Management & Research e Amundi Asset Management, entre trinta empresas que se uniram.

Qualquer que seja o resultado, a Argentina passará muito tempo sem emitir dívida nova em moeda estrangeira, disse Guzmán.

“Não esperamos acessar os mercados internacionais por um tempo”, afirmou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
bloomberg@moneytimes.com.br
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar