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Argentina planeja novo esquema de “dólar soja” para impulsionar exportações

30 mar 2023, 19:08 - atualizado em 30 mar 2023, 19:08
Argentina
A Argentina, maior exportadora mundial de óleo e farelo de soja processado, foi atingida por uma de suas piores secas da história (Imagem: Pixabay/egroll)

O governo da Argentina está planejando uma nova taxa de câmbio preferencial, o “dólar da soja”, para as exportações agrícolas, disse um porta-voz do governo nesta quinta-feira, enquanto um dos maiores produtores de grãos do mundo procura estimular os embarques após uma forte seca que atingiu as lavouras.

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De acordo com o plano, divulgado inicialmente pela mídia local citando o ministro da Economia, Sergio Massa, a taxa preferencial entraria em vigor em abril, com outras taxas preferenciais para setores-alvo nos próximos meses.

A cotação do dólar da soja foi utilizada duas vezes no ano passado para estimular as vendas.

“É um programa de incentivo às exportações que visa facilitar a capacidade e o cumprimento dos contratos de nossos exportadores no ano da seca, entendendo as dificuldades que nossos produtores sofreram”, disse Massa à mídia argentina em Washington.

A Argentina, maior exportadora mundial de óleo e farelo de soja processado, foi atingida por uma de suas piores secas da história, da qual suas produções principalmente de soja e milho foram duramente atingidas, prejudicando a receita em dólares.

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O endividado país sul-americano precisa desesperadamente de moeda estrangeira para reabastecer as reservas esgotadas e garantir que possa cumprir as obrigações de pagamento e cobrir suas dívidas com os credores e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A Argentina tem rígidos controles de capital que restringem o acesso a dólares e que criaram populares mercados de câmbio paralelos, onde os dólares são negociados ao dobro da taxa oficial.

O chamado dólar da soja deve estimular agricultores e exportadores a embarcar seus grãos.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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