Consumo

Arroz sente impulso do dinheiro novo do FGTS e da frente exportadora engrossando

17 set 2019, 11:34 - atualizado em 17 set 2019, 17:13
Mercado interno melhora e anima produtores e indústrias, que repassam preços (Pixabay)

Duas frentes positivas estão dando alento à rizicultura brasileira. O arroz velho de guerra na dobradinha com o feijão, depois de atravessar o ano em prejuízo, começa a melhorar tanto no casca quanto no beneficiado, ao mesmo tempo em que novos embarques internacionais ao Iraque ajudam a potencializá-lo mais no mercado externo, começando, talvez, um movimento que vá diminuir sua excessiva dependência do consumo doméstico.

Primeiro, a dependência interna. E dependência também das classes mais populares, que agora, com a liberação do FGTS, em torno de novos R$ 12 bilhões já circulando na praça, deixam o grão tentando se manter entre R$ 44,00 e R$ 48,00 a saca no Rio Grande do Sul, maior produtor nacional.

Vlamir Brandallize avalia que negócios efetivos estão entre R$ 45,00 e R$ 46,00, mas as indústrias possivelmente terão que ceder mais, já que o beneficiado vai conseguindo manter os repasses do preço na cobrado na porteira.

A expectativa, portanto, é de melhora nas duas pontas, diante de uma produção nacional, segundo o IBGE, de  10,2 milhões de toneladas, menos 12,7% sobre a de 2018.

Externamente, o CEO da Brandallize Consulting comemora os números atuais, que caminham para encerrar 2019 com exportações de 1 milhão de toneladas.

O Iraque levou novas 30 mil toneladas no último final de semana, somando 60 mil até o momento, com programação de mais 30 mil até o final do ano.

“Parece que o produto vai começar a se firmar como mais um item do agronegócio brasileiro com peso em alta nas exportações”, conclui Brandallize.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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