Arte, filantropia e US$ 106 bilhões: quem é Alice Walton, a mulher mais rica dos EUA

Alice Walton, única filha de Sam Walton, fundador do Walmart, entrou para a história ao ver seu patrimônio superar os US$ 100 bilhões. Com isso, tornou-se a primeira mulher norte-americana centibilionária, além de ocupar o posto de mulher mais rica da lista Forbes 400.
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Aos 75 anos, ultrapassou rivais como Julia Koch e Françoise Bettencourt Meyers, consolidando-se no topo do ranking.
É a primeira vez que uma norte-americana atinge tal fortuna, assim como a primeira inclusão de uma centibilionária feminina na lista.
O avanço de quase US$ 17 bilhões em relação a 2024 decorre da valorização das ações do Walmart, que há décadas sustentam a fortuna da família. Hoje, Alice Walton possui US$ 106 bilhões, frente aos US$ 81,2 bilhões de Julia Koch — uma diferença de US$ 24,8 bilhões.
Fortuna familiar e herança estratégica
Atualmente, Alice ocupa a 15ª posição entre os americanos mais ricos, atrás apenas de seus irmãos Rob (US$ 118 bilhões) e Jim (US$ 115 bilhões). Ambos seguem ativos nos negócios, inclusive no Arvest Bank Group, enquanto a família como um todo mantém 45% do Walmart, divididos entre herdeiros e fundações.
Do varejo à arte e à filantropia
Alice chegou a trabalhar brevemente no setor de roupas infantis do Walmart, mas construiu sua trajetória sobretudo na filantropia e na curadoria de arte. Foi fundadora e presidente do Crystal Bridges Museum of American Art até 2021.
Embora leve seu nome, quase todo o investimento inicial de US$ 1,6 bilhão veio de fundos ligados a seu irmão John e a sua mãe, Helen Walton.
Nos últimos dez anos, ela destinou mais de US$ 6,1 bilhões a cinco fundações familiares, que já aplicaram US$ 1,7 bilhão em projetos culturais e sociais.
Pela Art Bridges Foundation, foram aportados US$ 500 milhões para aquisição e empréstimo de obras a mais de 230 museus.
Já a Alice L. Walton School of Medicine recebeu US$ 250 milhões e oferece bolsas integrais às primeiras turmas.
Segundo Walton, a meta é preparar médicos para os desafios do século 21, incorporando dimensões físicas, mentais, emocionais e sociais da saúde.