Coluna Giro do Mercado

As 10 melhores ações para investir em dezembro: O que comprar na reta final do ano?

02 dez 2023, 9:00 - atualizado em 01 dez 2023, 17:47
Giro do Mercado
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O último mês do ano começa com ânimo renovado para os investidores de renda variável, depois do melhor desempenho mensal do Ibovespa em três anos. O principal índice da bolsa brasileira fechou novembro com uma alta 12,5% e puxou para 16% os ganhos de 2023.

Aproximando-se cada vez mais dos 130 mil pontos, muitos analistas acreditam em um rali de final de ano, principalmente se as pautas, que estão paradas em Brasília, andarem e forem aprovadas.

E não foi só a bolsa brasileira que se deu bem. As bolsas norte-americanas também tiveram um de seus melhores meses, com o índice S&P 500 próximo de bater suas máximas do ano.

Para corroborar com o otimismo dos mercados, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, sinalizou ontem (01) que o banco central americano pode pausar o aperto monetário, com a taxa de juros no atual patamar entre 5,25% e 5,50%.

As perspectivas dos analistas seguem positivas para dezembro e para 2024.

Confira agora os destaques da semana no Giro do Mercado.

Excelente final de semana e ótima leitura.
Paula Comassetto
Giro do Mercado

Arezzo (ARZZ3), Grupo SBF (SBFG3) e mais: confira 10 ações para investir em dezembro

Novembro trouxe o brilho que faltava para os ativos de risco. Segundo Larissa Quaresma, a inflação local controlada e o bom andamento de pautas econômicas em Brasília ajudou a manter os investidores otimistas.

“Mas, diria que 50% desse resultado é reflexo do investidor gringo, porque lá fora tivemos vários dados de inflação arrefecendo e, pela primeira vez em vários trimestres, tivemos dados de atividade econômica desacelerando nos Estados Unidos”.

Em novembro, assim como outras varejistas, a ação do grupo dono de Centauro e Fisia (Nike Brasil) valorizou mais de 50%.

Segundo Quaresma, o papel foi impulsionado pelo resultado do 3T23 acima da expectativa. “O mercado esperava uma empresa com dificuldades financeiras, que não fosse conseguir recuperar patamar de rentabilidade e execução que teve no passado. E o que vimos foi uma empresa corrigindo o rumo, voltando para a média, com uma marca forte e com canais de distribuição poderosos”.

Confira aqui quais são as ações recomendadas e ainda, qual é a principal aposta da analista para o mês.

Bradesco (BBDC4): O que ocorre com os executivos do banco? Veja o que fazer com as ações

O Bradesco (BBDC4) tem sido assunto nos noticiários desde a semana passada. Na última quinta-feira (23), o banco anunciou Marcelo de Araújo Noronha como novo CEO, em substituição a Octavio de Lazari Junior.

Dias depois, mais dois executivos deixaram seus cargos no banco. Larissa Quaresma explica:

“O que a gente acredita é que a gestão do Bradesco (BBDC4) está procurando promover mudanças na forma que a companhia está sendo tocada.”

A analista cita a rentabilidade abaixo dos pares e competição, uma vez que o banco tem foco nas classes C, D e E, muito atacadas por bancos digitais como alguns motivos para a mudança de estratégia.

Larissa respondeu na entrevista completa quais são as perspectivas para o banco e ainda, o que os investidores devem fazer com as ações. Confira clicando aqui.

Ainda vale a pena investir em petróleo em 2023? Analista explica

Em 2023, o petróleo já passou por poucas e boas. Em agosto e setembro o preço do barril de Brent começou a subir e, em outubro, encostou nos US$ 100 com o conflito Israel-Hamas. O mercado chegou a acreditar que pudesse vencer esse recorde. Porém, em novembro, a cotação recuou e se manteve em torno de US$ 80.

Segundo João Piccioni, head da Empiricus Gestão, o movimento teria a ver com a falta de demanda pelo produto no curto prazo.

“Há uns 20 dias, um hub de petróleo ‘segurou’ o próprio estoque e o preço da commodity pra daqui 3 meses ficou mais caro. Isso significa que não se quer produzir com petróleo agora e que se topa pagar para ‘guardar’. Quando isso acontece, é um sinal claro de desaceleração da economia, de que não haveria consumo suficiente no momento.”

Mas nesse cenário, ainda vale a pena investir em petróleo?

“Por meio de ações do setor petrolífero, eu acho que sim“, responde Piccioni. “Primeiro, porque elas estão muito baratas. Segundo porque, a não ser que a gente tenha uma ruptura muito brutal na economia, o [preço do] petróleo não consegue vir muito mais para baixo do que está. O mínimo é US$ 60, US$ 65. Essas empresas são rentáveis, pagam um baita dividendo e fazem recompra de ações – especialmente lá fora”.

A única recomendação do analista é evitar investir diretamente na commodity pensando em longo prazo. “Se você não for um exímio trader de commodity, que consiga operar nas duas pontas (comprado e vendido), eu acho melhor ficar de fora desse mercado”.

Clique aqui para conferir a entrevista completa.

Como diferenciar oportunidades e armadilhas nos fundos imobiliários?

O mês de novembro acumulou cifra bilionária em emissões de cotas de fundos imobiliários. Entre os FIIs, estão Maxi Renda Fundo de Investimento Imobiliários (MXRF11) e Vinci Shopping Centers (VISC11).

O analista Caio Araujo, da Empiricus Research, explica que o movimento tem a ver com diversos fatores, entre eles a queda da taxa Selic e o maior interesse do mercado em renda variável. “Diversos fundos de tilojos, que têm esse driver de capturar queda de juros, estão retomando patamares históricos que a gente não via desde 2019″. Em 2023, o Ifix sobe mais de 10%.

Para o investidor conseguir se antecipar à valorização de ativos de risco, Araujo recomenda avaliar principalmente quando o fundo vai comprar o ativo, em que momento e de quem está comprando.

Por outro lado, o analista recomenda ter atenção extra em relação às emissões de cotas mais recentes: “Como os FIIs estão ‘correndo atrás’ do momento de mercado favorável, as ofertas podem ser um pouco mais agressivas”.

Para evitar cair em furada e conferir as três orientações na hora de avaliar clique aqui.

Este foi o Giro da Semana.

Espero você na próxima semana.

Jornalista e Apresentadora do Giro do Mercado
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero também é pós-graduada em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Com larga experiência em comunicação e produção de conteúdo, atuou como repórter, produtora e apresentadora, tendo trabalhado para TV Gazeta e RedeTV. Grande curiosa do mercado financeiro, aprende cada dia mais sobre o mundo dos investimentos. Preza pela imparcialidade, tentando sempre passar uma mensagem clara e objetiva. Profissional ágil, criativa e hands-on, com liderança forte no trabalho em equipe e guiada por grandes desafios.
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Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero também é pós-graduada em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Com larga experiência em comunicação e produção de conteúdo, atuou como repórter, produtora e apresentadora, tendo trabalhado para TV Gazeta e RedeTV. Grande curiosa do mercado financeiro, aprende cada dia mais sobre o mundo dos investimentos. Preza pela imparcialidade, tentando sempre passar uma mensagem clara e objetiva. Profissional ágil, criativa e hands-on, com liderança forte no trabalho em equipe e guiada por grandes desafios.
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