Comprar ou vender?

As 15 ações preferidas dos milionários e bilionários brasileiros

12 fev 2020, 15:37 - atualizado em 12 fev 2020, 15:37
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Tacada certa: títulos públicos não são mais os favoritos dos mais ricos (Imagem: Pixabay/@pexels)

Acompanhar a carteira de investimentos das pessoas mais ricas do país dá importantes pistas sobre de onde virão bons lucros. Um modo de fazer isso é analisando o perfil dos fundos exclusivos – aqueles que, pelas normas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) – são restritos a investidores qualificados e criados para um único cotista.

Pelos critérios da CVM, investidores qualificados são os que possuem, pelo menos, R$ 1 milhão aplicados. Muitas vezes, porém, as gestoras de investimentos estabelecem réguas bem mais elevadas para desenhar um portfólio exclusivo para alguém.

De qualquer modo, os fundos exclusivos estão mudando de perfil. É o que mostra um levantamento da Economática. O patrimônio líquido total dos fundos exclusivos encerrou dezembro em R$ 705,6 bilhões, um incremento de 13% sobre janeiro.

Desse total, R$ 416,9 bilhões pertencem a fundos geridos por bancos de varejo. Os demais R$ 288,8 bilhões são administrados por gestores independentes.

Onde está o dinheiro

Mas, mais importante que o total do patrimônio dos ricaços administrado por fundos exclusivos, é onde ele está alocado. A Economática constatou uma queda gradual da parcela aplicada em títulos públicos. Entre fevereiro e dezembro do ano passado, essa fatia recuou de 34% para 32,9%.

Com isso, os títulos públicos perderam a liderança na preferência de milionários e bilionários. A maior parte de seu dinheiro, agora, está investida em cotas de outros fundos de investimentos. Sim, são fundos exclusivos comprando cotas de outros fundos.

Salto: cotas de fundos e compra direta de ações dispararam, durante 2019

tabela de fundos exclusivos da Economática
(Fonte: Economática)

No período mencionado, essas aplicações passaram de 30% para 35% do patrimônio líquido dos fundos exclusivos.

As aplicações diretas em renda variável, isto é, compra de ações, também saltaram de 12,3% para 16,7%. Foi o suficiente para que essa modalidade passasse de quarto para terceiro lugar nas preferências dos brasileiros mais abastados.

As favoritas

A Economática pesquisou, também, as ações mais procuradas por quem toma conta do dinheiro dos ricaços do país. As últimas carteiras abertas pelas gestoras, porém, remontam a outubro. Apesar da defasagem, há algumas pistas boas.

Naquele mês, segundo a consultoria de informações econômicas e financeiras, os fundos exclusivos (excluídos aqueles geridos por bancos de varejo) mantinham 631 posições diretas em ativos de renda variável, entre posições compradas (long), alugadas e posições vendidas (short).

Em outro recorte, os fundos operavam, em outubro, com 260 posições compradas, 159 vendidas, 153 alugadas, 42 BDRs (recibos de ações de empresas do exterior) e 17 units.

Veja, a seguir, as 15 ações que atraíram mais dinheiro dos fundos exclusivos em dezembro.

Empresa Ticker Volume alocado (R$ milhões)
Energisa ENG11 3.545
Eletrobras ELET3 2.518
Petrobras PN PETR4 1.905
Petrobras ON PETR3 1.605
Via Varejo VVAR3 1.548
Ceg CEGR3 1.077
Cemig PN CMIG4 771
Cemig ON CMIG3 761
Itau Unibanco ITUB4 240
Bradesco BBDC4 196
Vale VALE3 159
B3 B3SA3 111
Banco do Brasil BBAS3 99
Cogna COGN3 99
JBS JBSS3 97

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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