Internacional

As 5 principais notícias do mercado internacional nesta quinta-feira

10 out 2019, 9:01 - atualizado em 10 out 2019, 9:02
Wall Street Mercados
A Opep divulga a sua opinião sobre as perspectivas para o mercado de petróleo e a economia do Reino Unido (Imagem: Reuters/Andrew Kelly)

Por Investing.com 

As negociações comerciais entre os EUA e a China são retomadas, enquanto a Turquia envia suas tropas para o norte da Síria para remover os combatentes curdos de sua fronteira. Enquanto isso, a Opep divulga a sua opinião sobre as perspectivas para o mercado de petróleo e a economia do Reino Unido parece preparada para evitar a recessão, à medida que o “Brexit Hard” se aproxima.

1. Resumo das negociações comerciais

As negociações comerciais entre a China e os EUA com representantes de alto escalação dos dois países devem ser retomadas em Washington após um hiato de dois meses.

Com os dois lados aumentando a pressão no início desta semana com medidas contra a NBA, de um lado, e os fabricantes chineses de equipamentos de vigilância, de outro, a chance de uma aproximação maior é quase zero, o que significa que os próximos dois dias serão principalmente um exercício de diminuição de danos.

China Eua
A chance de uma aproximação maior é quase zero, o que significa que os próximos dois dias serão principalmente um exercício (Imagem: Reuters/Yuri Gripas)

Há divergência de informações veiculadas na imprensa econômica internacional, que ouviu diferentes fontes a par do assunto, sobre o humor dos dois lados e as propostas envolvidas nas negociações. A Bloomberg aponta uma probabilidade de um acordo provisório que poderia levar a novo adiamento do aumento programado nas tarifas no lado americano.

A agência também cita que os EUA avaliam propor um pacto cambial com os chineses como parte do acordo parcial, assim suspendendo a próxima rodada de aumento de tarifas.

Vale ressaltar que o iuan chinês se desvalorizou ao longo de 2019 após o início da disputa comercial, rompendo a barreira simbólica de 7 iuan por dólar, última vez atingida durante a crise financeira de 2008.

A Bloomberg também divulgou que, após a proposição do pacto cambial, que os EUA vão aprofundar discussões sobre questões como transferência forçadas de tecnologia e propriedade intelectual, temas que os chineses não vão abrir mão para negociar, já que são pilares do seu desenvolvimento econômico.

No entanto, o jornal chinês South China Morning Post e a americana Fox minimizaram a chance de acordo. Os dois veículos citaram autoridades dizendo que as negociações podem ser interrompidas após um dia.

2. Tropas terrestres da Turquia entram na Síria

A Turquia enviou suas tropas terrestres para o norte da Síria para estabelecer uma zona tampão de 32 quilômetros ao longo de sua fronteira sul, a partir da qual espera expulsar milícias curdas que foram fundamentais para derrotar o ISIS e que agora mantêm um grande número de combatentes do ISIS na prisão.

A Turquia aceitou quase 2 milhões de refugiados da Síria desde o início desta última guerra civil

Pretende, então, reinstalar alguns dos refugiados sírios atualmente na Turquia nesta zona segura. A Turquia aceitou quase 2 milhões de refugiados da Síria desde o início desta última guerra civil.

Segundo relatos, ataques aéreos turcos que começaram na quinta-feira causaram inúmeras vítimas civis. As forças curdas reagiram com disparos contra a Turquia. A lira turca caía para uma mínima de quatro meses em relação ao dólar.

3. Ações indicam abertura com leve baixa

Os mercados de ações dos EUA devem abrir estáveis antes das negociações comerciais com a China, com poucos investidores dispostos a se posicionar apostando fortemente em um resultado.

Os contratos futuros da Dow em queda de 0,22%. Já os futuros do S&P 500 recuam 0,21% e os futuros do Nasdaq 100 sobem 1,02%.

Na frente de ganhos, a Delta Air Lines (DAL) divulgará seus números do terceiro trimestre. A Boeing (NYSE:BA) também estará em foco após relatos de que foram encontradas rachaduras nas asas de alguns de seus aviões mais antigos.

Na quinta-feira, a fabricante holandesa de produtos médicos Koninklijke Philips (AS:PHG) alertou que suas margens de lucro no terceiro trimestre seriam seriamente afetadas pelo impacto das tarifas dos EUA sobre os equipamentos fabricados na China, um elemento que pode afetar muito mais empresas na próxima temporada de ganhos.

4. IPC, pedidos de seguro desemprego devem ser divulgados enquanto Europa se enfraquece ainda mais

O mercado pode atualizar sua perspectiva de mais cortes nas taxas do Federal Reserve às 9h30 da manhã, quando os números de inflação de consumo de setembro forem anunciados, juntamente com os últimos dados semanais de pedidos de seguro desemprego.

Federal Reserve
O mercado pode atualizar sua perspectiva de mais cortes nas taxas do Federal Reserve às 9h30 da manhã (Imagem: Andrew Harrer/Bloomberg)

De acordo com o Monitor da taxa de juros do Fed do Investing.com, os investidores veem uma chance de 86% de redução nas taxas do Fed em outros 25 pontos base em sua reunião de 30 de outubro.

Em discurso na noite de quarta-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, destacou os riscos para a economia global das incertezas atuais sobre o comércio EUA-China e o Brexit.

As notícias da Europa nesta manhã não animaram muito:a produção industrial na França caiu 0,9%, mais do que o esperado, e as exportações alemãs também se enfraqueceram ainda mais, embora a economia britânica parecesse a caminho de evitar recessão no terceiro trimestre, com o PIB subindo 0,3% nos três meses encerrados em agosto.

5. OPEP atualiza mercado de petróleo

O mercado de petróleo também recebe um choque de realidade às 8h00 com a publicação do relatório mensal da OPEP.

Opep
Petróleo em choque ao receber relatório da OPEP (Imagem: Stefan Wermuth/Bloomberg)

As estimativas mais recentes do cartel para oferta e demanda global virão um dia depois que o governo dos EUA disse que a produção de petróleo do país atingiu um recorde de 12,6 milhões de barris por dia no mês passado.

Às 7h15 (horário de Brasília), os contratos futuros de petróleo WTI caíam 0,4%, para US$ 52,36 por barril, enquanto a referência internacional, o petróleo Brent registrava queda de 0,5% cotado a US$ 58,02.

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