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As 5 small caps da Ágora para ter na carteira no começo de 2024; veja

04 jan 2024, 15:34 - atualizado em 04 jan 2024, 15:44
small caps ágora investimentos
A Ágora Investimentos acredita que 2024 será um ano com alguns ventos favoráveis para alocação em bolsa, com destaque para queda dos juros; as small caps para apostar (Imagem: Unshplash/Tech Daily)

A Ágora Investimentos divulgou nesta semana sua carteira mensal de small caps, com 5 ações para apostar ao longo do mês de janeiro.

Em dezembro, a carteira de small caps da Ágora teve rentabilidade de 11,1% até o dia 26, enquanto em todo o ano de 2023 a carteira acumulou rentabilidade de 20,3%.

A corretora acredita que 2024 será um ano com alguns ventos favoráveis para alocação em bolsa (queda de juros, principalmente), mas o menor ímpeto de crescimento esperado para o PIB brasileiro e os desafios fiscais são condições que devem limitar um rali nos preços dos ativos.

As últimas semanas foram de forte apetite para as bolsas, em um movimento global de descompressão de risco. A forte queda dos juros de longo prazo nos Estados Unidos mudou radicalmente o rumo das discussões econômicas, deixando agora a maior parte do mercado precificando cortes agressivos de juros na maior economia do mundo em 2024.

Assim, a corretora segue cautelosa com a ideia de “comprar” a vitória do Federal Reserve (FED) no combate à inflação sem um maior impacto em termos de atividade econômica, o que é um risco a ser monitorado

Dessa maneira, separamos a 5 small caps recomendadas pela Ágora:

Empresa Ticker
Arezzo ARZZ3
Grupo GPS GGPS3
MRV MRVE3
Santos Brasil  STBP3
Simpar SIMH3

Vale ressaltar que não houve nenhuma alteração na carteira em relação dezembro.

Sobre as small caps

Arezzo&Co.

Fundada em 1972, a Arezzo&Co em conjunto com suas subsidiárias atua na fabricação, desenvolvimento, moldagem e comercialização de calçados, bolsas, roupas e acessórios femininos.

A empresa opera mais de 400 franquias e aproximadamente 48 lojas e um site de comércio eletrônico para venda de produtos das marcas Schutz, Arezzo, Alexandre Birman, Fiever, Vans, Reserva, Reserva Mini, Reserva Go, Oficina, INK, EVA, Troc, Baw, MyShoes, Carol Bassi, Brizza, Reversa, Simples Reserva, Unbrand Reserva e Anacapri. A Arezzo&Co obtém receitas através da venda de produtos e royalties.

O resultado do terceiro trimestre da Arezzo trouxe aspectos positivos (por exemplo, expansão da margem EBITDA ajustada; menor pressão de capex) e negativos (por exemplo, operações nos EUA sob pressão; volumes vendidos decrescentes; e apenas uma tímida melhora no ciclo deteriorado de capital de giro).

No futuro, esperamos que a maior parte da desaceleração nas vendas já tenha ocorrido, o que continua à frente da maioria dos pares da Arezzo&Co.

Em geral, a Ágora vê ARZZ3 negociando a 14,4x o múltiplo P/L esperado para 2024, com manutenção no preço-alvo para 2024 de R$ 100 e uma recomendação de compra para as ações, devido ao impulso mais forte em relação ao restante de nossa cobertura do setor.

Grupo GPS

Fundado em 1962, em Salvador, o GPS é um grupo empresarial composto por empresas atuantes no mercado de serviços indoor: do gerenciamento logístico até a segurança patrimonial.

Ao longo dos anos, o grupo cresceu de forma inorgânica –ou seja, adquirindo outras empresas –e, para os próximos meses, possui um robusto cronograma de 5 ou 6 potenciais alvos de aquisição em fase de análise.

Paralelamente, nas próximas semanas, o Ministério da Fazenda pretende apresentar um novo conjunto de medidas para compensar a isenção do imposto sobre a folha de pagamento.

Uma proposta de isenção gradual será enviada ao Congresso como alternativa à derrubada do veto à extensão do benefício integral até 2027. A equipe econômica deverá propor o fim gradual da isenção fiscal para alguns dos 17 setores envolvidos.

Como a medida implica uma renúncia fiscal, o Governo terá de apresentar outras medidas de arrecadação de receitas como compensação, mas o mercado endereçável para o setor de terceirização tem espaço para agregar mais de 400 mil vagas nos próximos anos, podendo adicionar R$ 4,10/GGPS3 com base na atual participação de mercado do Grupo GPS.

MRV&Co

Embora a corretora tenha reduzido o preço-alvo da MRV&Co para R$ 17 em virtude dos desafios da Resia, sua subsidiária, no mercado norte-americano, eles seguem observando a empresa como a maior assimetria de valor entre as construtoras de baixa renda de nossa cobertura.

“Com forte histórico de execução no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), esperamos que a companhia possa se beneficiar do avanço do programa no atual governo, bem como do fluxo comprador em bolsa para os nomes do setor em meio ao processo de afrouxamento monetário”, discorre.

Além disso, um eventual fim do ciclo de alta de juros nos EUA poderia destravar o mercado imobiliário local e, por consequência, aumentar o apetite de investidores estratégicos pelos empreendimentos da Resia.

Santos Brasil

A Santos Brasil é a única empresa do país que presta serviços portuários com logística integrada, sendo responsável por 18% de toda a movimentação de contêineres e cargas do país através do Tecon Santos, o maior terminal de contêineres da América Latina e um dos três terminais mais eficientes do Brasil.

Em março de 2023, a companhia anunciou a conclusão da renegociação de seu contrato com a Maersk, seu maior cliente no Tecon Santos e responsável por aproximadamente 70% de seus volumes no terminal. Estimamos que o reajuste contratual, que entrou em vigor em 1º de abril, tenha sido de aproximadamente 60%.

Conforme esperado, no terceiro trimestre a Santos Brasil reduziu seu guidance de volume e Ebitda para 2023, com o ponto médio ficando em linha com o consenso e levemente acima da nossa estimativa.

“Mantemos nossa recomendação de compra e preço alvo para o final de 2024 de R$ 13, com base em: 1) possíveis negociações de fusões e aquisições; 2) espera-se que os volumes de contêineres se recuperem conforme observado em outubro de 2023, com aumento de volume de 3% em base anual; e 3) a ação está sendo negociada a uma TIR alavancada atraente de dois dígitos (R$, termos reais)”, discorre.

Simpar

A Simpar é uma holding que possui em seu portfólio nomes listados de destaque, como Movida (MOVI3), VAMOS (VAMO3) e JSL (JSLG3).

Para 2024-26, a Simpar focará na eficiência e na extração de valor do recente ciclo de investimentos.

Assim, Movida, VAMOS e CS Brasil poderão autofinanciar seus planos de crescimento, JSL e Automob devem continuar buscando aquisições para acelerar o crescimento orgânico, enquanto CS Infra e BBC deverão executar seus planos de negócios e contratos de concessão.

Ainda assim, há muito espaço para crescimento e as empresas da Simpar continuarão liderando a consolidação do mercado. Apesar de reportar uma alavancagem financeira consolidada de 3,7x no 3T23, ajustando por R$ 24 bilhões em VPL (valor presente líquido) da venda dos ativos de alta liquidez da Simpar, a alavancagem cairia para 1,9x.

Além disso, a empresa tem a alternativa de reciclar seu portfólio para reduzir a dívida líquida da holding. A participação da Simpar nas empresas listadas e o valor dos ativos não listados somam R$ 16 bilhões, ou 4x a dívida líquida da holding a partir do 3T23.

Na visão da Ágora, isso possibilita que a empresa tenha flexibilidade para executar seu próximo ciclo enquanto busca seletivamente oportunidades de crescimento.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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