Comprar ou vender?

As empresas para se investir ainda neste ano com isenção de Imposto de Renda

09 dez 2021, 16:28 - atualizado em 09 dez 2021, 16:34
Homem mexe no celular, com telas e computador no plano de fundo, representando um assessor de investimentos
Objetivo da carteira de debêntures incentivas é sempre estar à frente do índice IMA-B. (Imagem: Freepik)

A Ativa Investimentos elencou cinco debêntures incentivas em carteira recomendada para dezembro. O ativo é isento de Imposto de Renda — o dinheiro arrecadado é utilizado para executar obras ou serviços importantes de infraestrutura.

O objetivo da carteira é sempre estar à frente do índice IMA-B, que representa o desempenho de uma carteira de títulos públicos federais atrelados à inflação. Em novembro, o portfólio teve uma performance de 3,33% contra 3,47% do IMA-B.

A Ativa diz que a escolha da carteira foca em ativos com boa liquidez (ao menos três participantes institucionais do mercado operando o papel), emissores com bom perfil de crédito e taxas de rentabilidade atrativas.

Segundo a corretora, a composição da carteira será alterada de acordo com a sinalização dos especialistas a casa. O valor mínimo recomendado é de 10 mil reais, informou a empresa.

A Ativa explica que o acompanhamento dos ativos ocorre diariamente, com monitoramento dos prêmios de risco negociados no mercado.

“A saída de um ativo da carteira não configura sua venda, apenas sua alteração para neutro. O call de venda ocorrerá direcionado por ativo quando necessário”, informa trecho do relatório assinado pelo analista Bruno Brostoline.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Veja a carteira recomendada:

ATIVO EMISSOR VENCIMENTO RATING ALOCAÇÃO SEGMENTO
ECHP11 ECHOENERGIA 15/06/2030 A+ FITCH 25% ENERGIA
BRST11 BRISANET 15/03/2028 A+ S&P 15% TELECOM
QUAT12 AÇUCAREIRA QUATÁ 15/11/2025 A FITCH 15% AGRÍCOLA
ITPE12 ÁGUAS DE ITAPEMA 15/10/2027 A MOODYS 15% SANEAMENTO
APOL11 APOLLO ENERGIA 15/04/2033 AAA FITCH 30% ENERGIA

Por que os emissores atuais

A maioria dos emissores é do setor de utilities, saneamento básico e energia elétrica, e os demais nos setores de telecomunicações e agrícola. Desses segmentos, 70% são muito regulados que, diz a Ativa, trazem maior previsibilidade de receitas e margens, e fluxos de caixa mais resilientes.

“Até mesmo o setor de telecomunicações, menos regulado, apresenta uma demanda e geração de caixa mais previsíveis”, comenta a corretora.

“Atualmente, no mercado, a maioria dos ativos com preços atrativos estão em emissores ligados a energia elétrica”, diz.

A Ativa conta que procurou diversificar a carteira adicionando um quarto segmento, o agrícola com a QUAT12, “um ativo com vencimento curto, mas que negocia em taxas elevadas e o perfil de crédito de seu emissor tem aprimorado a cada trimestre”.

“O mercado já não está negociando nos mesmos níveis elevados como antes e novamente preferimos alocar a maior parte da carteira nas elétricas, ECHP11 e TOME12, que estão com os níveis de risco e retorno mais atrativos na nossa visão”.

Segundo a Ativa, o percentual de exposição a cada debênture foi ajustado para a duration do portfólio se aproximar de 4,50 anos, com a faixa de vencimentos variando de 3 a 12 anos.

O risco pode ser analisado pelos ratings de cada um dos ativos, todos são de investment grade, sendo 30% de grau elevado (AAA até AA-) e os demais de grau médio elevado (A+ e A), com conceituados perfis de crédito, de acordo com a corretora.

Disclaimer

O Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.