Coluna Giro do Mercado

As melhores ações da bolsa para 2024; Petrobras (PETR4) e a fusão do setor que pode ser ‘ganha-ganha’, segundo analistas da Empiricus Research

20 jan 2024, 9:00 - atualizado em 19 jan 2024, 17:23
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Montagem Giro do Mercado

O Ibovespa (IBOV) ainda tenta buscar gatilhos que possam trazer os ativos de risco para cima. À exceção de algumas ações, o índice ficou no negativo no acumulado da semana, nem chegando perto do patamar que fechou em 2023.

Quem achou gatilho foi o setor de tecnologia, que acabou puxando as bolsas internacionais no final da semana. A “desconhecida” maior fabricante de chips do mundo, Taiwan Semiconductors Manufacturing (B3: TSMC34 | NYSE: TSM), alavancou não só a bolsa de Taiwan, como também trouxe bons presságios para as grandes bolsas internacionais.

O cenário corporativo começou a entrar em cena e os investidores abrem os olhos para os resultados das companhias. Primeiro nas internacionais para então virar as atenções para os resultados das nacionais no fim do mês.

Fique agora com os destaques da semana no Giro Mercado.

Bom fim de semana e ótima leitura.
Paula Comassetto
Giro do Mercado

As melhores ações da bolsa para 2024

O analista Fernando Ferrer, que comanda a série Melhores Ações da Bolsa na Empiricus Research, revela que é preciso analisar alguns fatores para tomar suas decisões de investimento para 2024.

Um fator determinante é o ‘valuation’. “Não adianta a empresa ser boa. Pode ser que uma empresa boa e que seja muito cara, você não vai ganhar dinheiro. Normalmente, no cenário ideal seria uma empresa boa e que esteja barata, o que é muito difícil de encontrar.”

Pensando nisso, Ferrer escolheu as quatro melhores ações da bolsa para investir em 2024. Uma delas é Iguatemi (IGTI11), pois na opinião do analista os shoppings costumam se valorizar com a queda de juros, ainda mais em um segmento premium.

Outra ação recomendada é Localiza (RENT3), que negocia com 30% de desconto em relação a sua média histórica. Uma empresa mais alavancada devido ao seu modelo de negócio, mas deve se desalavancar com a queda de juros, de acordo com o analista.

Clique aqui e saiba quais são as outras recomendações do analista.

Fusão de 3R Petroleum (RRRP3) e PetroReconcavo (RECV3): por que a proposta é positiva?

A Maha Energy, acionista relevante da 3R Petroleum (RRRP3), propôs na última quarta-feira (17) a fusão entre a petrolífera e outra empresa do setor, a PetroReconcavo (RECV3). A ideia é juntar as duas companhias para que a 3R fique com a exploração offshore (alto mar) e a PetroReconcavo tenha as operações onshore (terrestres).

Segundo Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, já era esperado pelo mercado alguma operação entre as petroleiras privadas brasileiras, especificamente envolvendo 3R Petroleum.

“A nosso ver, [a transação] faz muito sentido. Primeiro, porque achamos que o valor dos ativos da 3R não estão devidamente precificados em Bolsa atualmente, então, mesmo a PetroReconcavo pagando um prêmio substancial sobre esses ativos de 3R, ainda está pagando barato”, diz Quaresma.

Outro ponto favorável, ela cita, é a sinergia entre as duas empresas, por já terem ativos na mesma região terrestre: “Isso é muito bom para redução de custos, redução de pessoal, aumento da eficiência e melhoria de condições comerciais tanto na ponta vendedora de petróleo quanto na compradora”.

Veja a entrevista completa e o que aconteceria com a posição acionária dos investidores das companhias clicando aqui.

Petrobras (PETR4): Por que novo investimento ameaça dividendos?

A Petrobras (PETR3;PETR3) anunciou na última quinta-feira (18) investimentos que podem chegar ao valor de R$ 8 bilhões na ampliação da Refinaria Abreu e Lima, na região metropolitana do Recife (PE).

O plano de investimentos da estatal já havia informado mais aportes nas áreas de refino e energias renováveis, mas a RNEST levanta a polêmica sobre o envolvimento da refinaria no escândalo de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.

Na avaliação do analista da Empiricus Research, Ruy Hungria, o investimento pode reduzir a distribuição de dividendos. Isso porque o refino do petróleo traz menos retorno consolidado do que a exploração da commodity.

“Para o acionista de Petrobras, qualquer investimento no refino significa uma menor capacidade de investir em ativos como o pré-sal, em ativos como a Margem Equatorial, que a Petrobras está tentando expandir nos próximos anos, e isso, consequentemente, significa um menor retorno consolidado para os acionistas.”

Clique aqui e veja porque não é hora de comprar e nem de vender Petrobras.

Direcional (DIRR3) é Top Pick do setor imobiliário, entenda

Na segunda-feira (16), a Direcional (DIRR3) divulgou sua prévia operacional do 4T23, marcando o melhor trimestre em vendas líquidas, R$ 1,2 bilhão, alta de 76% em relação ao 4T22.

Para Caio Araujo, a incorporadora tem superado os resultados do mercado e considerou a prévia positiva. A companhia” vem capturando as melhoras ou mudanças referentes aos programas habitacionais no país”.

Ainda segundo o analista, essa melhora dos resultados associada à conjuntura econômica com queda na taxa de juros tende a beneficiar as incorporadoras e, Direcional entra como um player interessante para 2024.

Clique aqui e veja a entrevista completa.

Um abraço e até semana que vem!

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Jornalista e Apresentadora do Giro do Mercado
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero também é pós-graduada em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral. Com larga experiência em comunicação e produção de conteúdo, atuou como repórter, produtora e apresentadora, tendo trabalhado para TV Gazeta e RedeTV. Grande curiosa do mercado financeiro, aprende cada dia mais sobre o mundo dos investimentos. Preza pela imparcialidade, tentando sempre passar uma mensagem clara e objetiva. Profissional ágil, criativa e hands-on, com liderança forte no trabalho em equipe e guiada por grandes desafios.
paula.comassetto@moneytimes.com.br
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