Comprar ou vender?

ASAI3: BB eleva preço-alvo e destaca operação sólida da rede de atacarejo; hora de comprar?

09 out 2025, 10:41 - atualizado em 09 out 2025, 10:41
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Preço-alvo do Assaí sobe para R$ 14 por ação; companhia mantém operação sólida e mercado vê potencial de alta de 61%. (Imagem: Divulgação)

O BB Investimentos elevou o preço-alvo do Assaí (ASAI3) de R$ 12 para R$ 14 por ação, mantendo a recomendação compra para a atacadista. Considerando o preço de fechamento de quarta-feira (8), em R$ 10,42, a ação apresenta potencial de valorização de cerca de 61%.

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Segundo o relatório assinado pela analista Andréa Aznar, o valuation da companhia foi revisado incorporar os resultados do primeiro semestre de 2025 e o cenário macroeconômico atual.

O banco destaca que as ações do Assaí acumulam alta superior a 56% no ano, superando o Ibovespa (+18,2%) e o ICON (+17,0%) no mesmo período. O BB-BI avalia que esse desempenho reflete um cenário mais positivo para as supermercadistas, impulsionado por um mercado de trabalho resiliente e pela queda da inflação de alimentos nos últimos 12 meses.

“Além disso, a companhia segue comprometida a reduzir seu nível de endividamento e tem mantido sua participação de mercado, mesmo em um cenário de crescimento de receita tímido”, aponta Aznar.

Vale lembrar que, em meados de setembro, a companhia entrou com medida cautelar para se proteger de impactos de uma eventual saída do ex-controlador Casino do GPA (PCAR3). Para isso, a rede de atacarejo pediu à Justiça o bloqueio de todas as ações do Pão de Açúcar detidas pelo grupo francês.

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A razão do movimento do Assaí é evitar ter de arcar com dívidas tributárias do GPA — empresa da qual já fez parte, mas se separou em 2020 —, com valor aproximado de R$ 36 milhões, após cobranças da Receita Federal Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que tentam atribuir responsabilidade solidária à rede por passivos tributários.

Apesar da volatilidade provocada pelo caso, O BB-BI não identifica riscos financeiros imediatos, uma vez que não há necessidade de provisões, e o GPA tem colaborado com custeio de honorários advocatícios.

Embora o segundo semestre do ano siga desafiador devido à política monetária restritiva, a menor inflação de alimentos e o aumento da renda familiar devem favorecer o segmento supermercadista.

“A companhia segue com uma operação sólida e com boas perspectivas, de modo que, em nosso valuation, esperamos para os próximos anos melhoria gradual de receita e rentabilidade”, destaca o relatório.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.