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Ásia atrai US$ 100 bilhões em capital com investidores diversificando além dos EUA, diz executivo do Goldman

01 out 2025, 5:42 - atualizado em 01 out 2025, 6:10
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Japão é o principal beneficiado com investimentos de diversificação na Ásia (Unsplash/Colton Jones)

A Ásia, excluindo a China, atraiu cerca de US$ 100 bilhões em fluxos de capital nos últimos nove meses, à medida que investidores globais diversificam suas alocações além dos Estados Unidos, afirmou Kevin Sneader, presidente do Goldman Sachs para Ásia-Pacífico (excluindo o Japão), nesta quarta-feira (1).

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“Há um fluxo incremental nesta parte do mundo”, disse Sneader no Milken Institute Asia Summit 2025, em Singapura. “Acho importante colocar isso no contexto de um movimento de diversificação, e não de saída.”

O Japão tem sido um dos principais beneficiários dessa tendência, enquanto a alta das ações na China desde o final do ano passado tem sido impulsionada principalmente por investidores domésticos e pelo interesse no setor de tecnologia, com fundos estrangeiros agora voltando a observar a China, acrescentou ele.

“Acho que devemos ser cautelosos e não nos empolgar demais, porque parte desse dinheiro é o que chamo de dinheiro de hedge funds globais, o dinheiro mais rápido”, disse Sneader.

“Eles estão operando em torno do percentil 60, 65 de suas posições médias. Isso não é 100%, então ainda não voltaram aos níveis anteriores. Os fundos mútuos, investidores de longo prazo, ainda não estão voltando para a China. Mas certamente estão olhando com mais atenção para a Ásia.”

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Sneader destacou que os setores de tecnologia, consumo discricionário e indústria estão atraindo forte interesse na Ásia, enquanto o setor de saúde está ganhando força nos mercados privados.

Globalização mudou

O CEO da Temasek International, Dilhan Pillay, também presente no evento, afirmou que a “globalização como a conhecíamos acabou”, à medida que a geopolítica, tarifas e restrições energéticas reestruturam os retornos financeiros.

“A reconfiguração das cadeias de suprimento para priorizar resiliência em vez de eficiência tem um custo. É como uma apólice de seguro. Esse custo não desaparece com o tempo, a menos que você tenha uma substituição para aquilo do qual está tentando se proteger, ou seja, a vulnerabilidade de depender de uma única grande cadeia de suprimentos no mundo.”

Pillay acrescentou que a inteligência artificial é “o fator mais penetrante em todo o espectro político, social e econômico.”

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Temasek bate recorde em valor de portfólio

A Temasek, estatal de investimentos de Singapura, que administra um portfólio de US$ 340 bilhões, reportou um aumento de 11,6% no valor líquido do portfólio, atingindo um recorde histórico em 31 de março.

Os Estados Unidos continuam sendo o maior destino de capital da Temasek. As Américas representaram 24% do portfólio da empresa no ano fiscal, em comparação com 22% no ano anterior.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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