BusinessTimes

Assaí (ASAI3), Pão de Açúcar (PCAR3) e Carrefour (CRFB3): Saiba em quais ações investir com a inflação alta

21 mar 2022, 11:46 - atualizado em 21 mar 2022, 11:46
Assaí
Assaí e Carrefour Brasil estão bem posicionadas para capturar o canal de trade down no cenário de inflação elevada, avalia o UBS BB (Imagem: YouTube/Assaí Oficial)

As empresas de varejo alimentício brasileiro começaram o ano de 2022 mostrando melhores tendências em suas operações, amparadas pelo novo programa do governo (Auxílio Brasil) para apoio a consumidores de baixa renda e o mais recente reajuste do salário mínimo.

Apesar disso, alguns fatores macroeconômicos podem adicionar riscos sobre as margens dos players. A maior preocupação é a inflação crescente, puxada pela alta das commodities.

Dentro desse cenário, o UBS BB vê duas empresas bem posicionadas para capturar o canal de trade down (popularização de um produto ou serviço por meio de venda a preços mais baixos): Carrefour Brasil (CRFB3) e Assaí (ASAI3).

Grupo BIG não precificado

O UBS BB reforça sua visão positiva sobre o Carrefour, apesar da queda recente das ações. Analistas acreditam que a posição de liderança em preços é uma vantagem chave para a companhia nesse momento.

Além disso, parece que o Grupo BIG não está precificado.

“Seguindo a decisão da Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de recomendar a aprovação do acordo, após desinvestimentos muito limitados, incorporamos o potencial de adição de valor de R$ 4 por ação no nosso modelo, considerando R$ 2 bilhões (de R$ 1,7 bilhão) em sinergias até 2025″, afirma o time de análise do banco, em relatório divulgado nesta segunda-feira (21).

Com a inclusão do Grupo BIG na tese de investimento, incluindo as perspectivas de expansão orgânica para a marca, o UBS BB elevou o preço-alvo do Carrefour de R$ 20 para R$ 26. A recomendação de compra foi mantida, até pelo valuation da ação – o Carrefour é negociado a 14 vezes P/L (preço sobre lucro) estimado para 2023, abaixo da sua média histórica de 16 vezes.

Grandes retornos

O otimismo dos analistas também recai sobre o Assaí por três fatores: além do valuation atrativo (ação negociada a 11 vezes P/L para 2023), a companhia deve apresentar um forte crescimento no curto prazo, impulsionada pela conversão das lojas Extra e pelo processo de desalavancagem, e conta com sólidos retornos.

De acordo com o UBS BB, o ROIC (retorno sobre capital investido) de curto prazo deve alcançar 20% após a maturação das lojas Extra convertidas.

As estimativas para o lucro por ação (LPA) de curto prazo foram reduzidas, mais por conta da alta dos juros. Apesar disso, o UBS BB reitera a confiança com a capacidade do Assaí de executar com sucesso a conversão das lojas.

O banco tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 19 para os papéis da companhia.

Ação com rating neutro

Em relação ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), o UBS BB vê um panorama mais positivo para o varejista, agora que a companhia conseguiu vender os hipermercados Extra.

Com o desinvestimento, o Pão de Açúcar conseguirá focar:

  • na expansão das suas marcas mais lucrativas (100 novas lojas Pão de Açúcar e 100 novas unidades Minuto em três anos);
  • no pagamento de aproximadamente R$ 500 milhões em dividendos; e
  • na desalavancagem.

“As tendências também estão gradualmente melhorando no Brasil, e o Éxito está entregando uma performance sólida”, acrescentam os analistas.

O UBS BB elevou o preço-alvo da ação para R$ 27, de R$ 23. Porém, a recomendação neutra foi mantida devido a pressões inflacionárias, que podem elevar o risco para trade down.

Disclaimer

Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin