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Associada a crises anteriores, pandemia derruba embarques de gado vivo em 50%

22 maio 2020, 15:59 - atualizado em 22 maio 2020, 15:59
Vendas externas de gado vivo despencam com pandemia e agravamento de crises econômicas anteriores

Em 2019, o Brasil ficou longe do recorde de exportações de gado em pé de 2018, acima de 800 mil cabeças, mais que dobrando sobre 2017. Este ano a despencada já é evidente, com a crise da pandemia instituindo baixas nos mercados compradores, associado ao tráfego de navios prejudicado, principalmente entre fevereiro e março.

Os dados praticamente cortam 50% dos embarques no 1º quadrimestre de 2019.

Turquia, Egito, Iraque, Líbano, Jordânia, entre outros menores, também associaram as importações menores de gado vivo brasileiro a situações de crises vividas muito anteriormente à crise sanitário-econômica do momento.

Caso da Turquia, principalmente, que em 2019, recolheu seu poder de fogo, depois de alguns anos de liderança – substituiu a Venezuela -, e passou a se rivalizar com o Egito.

Além disso, no segundo semestre do ano passado, as exportações de animais vivos sofreram concorrência direta dos exportadores de carne, com a explosão das compras chinesas.

Os dados da Aliança Paraense pela Carne, com base em dados do governo, de janeiro a abril o Brasil embarcou menor 47,9% menos cabeças sobre o mesmo quadrimestre de 2019, num total de 89,9 mil.

O Pará, principal estado a enviar exemplares da bovinocultura brasileira, caiu, no mesmo período de 120,7 mil para 56,8 mil cabeças.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.