Federal Reserve

Ata da reunião do Fed pode apontar para fim das altas de juros e nova fase de debate

04 jan 2023, 9:04 - atualizado em 04 jan 2023, 9:05
O tom geral da ata deve mostrar que a inflação ainda tem a maior atenção entre as autoridades (Imagem: REUTERS/Sarah Silbiger)

O Federal Reserve encerrou 2022 com uma promessa firme em sua reunião de política monetária de dezembro de que os juros continuarão subindo este ano, mas a um ritmo mais lento e talvez apenas por mais 0,75 ponto percentual.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A ata da próxima reunião, que será divulgada às 16h nesta quarta-feira, pode fornecer mais informações sobre como a fase final do atual ciclo de aperto monetário se desenvolverá e o quanto as autoridades do Fed estão começando a avaliar os riscos para o crescimento econômico diante de sua principal preocupação, a inflação alta.

O tom geral da ata deve mostrar que a inflação ainda tem a maior atenção entre as autoridades.

Ela vem desacelerando há vários meses, mas em novembro o indicador de inflação preferido do Fed, o índice PCE, permanecia subindo a uma taxa anual de 5,5%, mais que o dobro da meta de 2% do banco central norte-americano.

A ata “se inclinará contra o afrouxamento prematuro” e manterá o foco na probabilidade de que os juros subam ainda mais e permaneçam altos, escreveu Derek Tang, economista da LH Meyer, na terça-feira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas os detalhes do documento, com suas descrições de diferentes pontos de vista e os tamanhos aproximados dos grupos de autoridades que os defendem, podem mostrar que as deliberações internas do Fed entram em uma nova fase em que os riscos ao crescimento econômico e ao emprego ganham mais peso.

As projeções das autoridades do Fed divulgadas em 14 de dezembro mostraram quase unanimidade sobre o rumo dos juros em 2023, com 15 dos 19 formuladores de política monetária esperando que a taxa de juros suba 0,75 p.p. ou 1 p.p. acumulado nos próximos meses, uma faixa estreita que veria o ciclo atual terminar com essa taxa em torno de 5,25% ou 5,5%.

Mas para 2024 as projeções divergem dramaticamente, com uma autoridade vendo a taxa de juros continuar em 5,625% e outra vendo-a reduzida para 3,125%, em uma economia que ainda pode estar flertando ou atravessando uma recessão.

“O Fomc parece unido em ter a taxa acima de 5%, mas está bastante dividido na estratégia de saída; quanto tempo manter e com que profundidade e rapidez aliviar do outro lado”, escreveu Tang, referindo-se ao Comitê Federal de Mercado Aberto, que define a política monetária do banco central.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar