Internacional

Ata do Fomc revela alerta duplo: Risco de inflação e fantasma do desemprego rondam economia dos EUA

28 maio 2025, 15:33 - atualizado em 28 maio 2025, 15:53
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(Imagem: REUTERS/Jonathan Ernst)

O Federal Reserve (Fed) afirmou que os Estados Unidos (EUA) podem enfrentar “tradeoffs difíceis” nos próximos meses caso a inflação suba e as perspectivas de crescimento e de emprego enfraqueçam. Na reunião de maio, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) manteve os juros inalterados em 4,25% a 4,50% ao ano.

O Fed afirma que “quase todos os membros comentaram sobre o risco de a inflação se mostrar mais persistente do que o esperado”, conforme a economia do país se adapta às tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump.

“Espera-se que as tarifas aumentem significativamente a inflação este ano e proporcionem um impulso menor em 2026”, dizem os participantes do Fomc na ata do encontro passado, divulgada nesta quarta-feira (28).

Essa visão ganha forças com as projeções que apontam para um aumento nos riscos de recessão nos EUA.

Eles destacam que há uma “incerteza considerável” em torno da evolução da política comercial, bem como quanto à escala, escopo, momento e persistência dos efeitos econômicos. “Incertezas significativas também cercam as mudanças nas políticas fiscais, regulatórias e de imigração”.

Diante do avanço potencial simultâneo da inflação e do desemprego, o banco central norte-americano se vê diante de um dilema: endurecer a política monetária para conter a alta dos preços ou flexibilizá-la, com cortes nos juros, para estimular o crescimento e preservar os empregos.

Vale lembrar que, segundo a última atualização do gráfico de pontos, o dot plot, o Fed projeta juros a 3,9% no final do ano — o que significa que a taxa de referência deve encerrar 2025 na faixa entre 3,75% a 4,00%. Ou seja, a expectativa é de que o BC norte-americano ainda realize dois cortes, de 0,25 pontos percentuais cada, até dezembro.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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