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Até o Damodaran mudou de ideia

03 mar 2019, 21:58 - atualizado em 03 mar 2019, 21:58

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Por Rodolfo Amstalden, da Empiricus Research

Começo parafraseando o Day One de 18 de fevereiro, quando o Felipe falou:

“Para mim, não há instrumental analítico pronto para analisar ações sob a ótica fundamentalista num mundo exponencial”.

O mundo exponencial é um mundo em que há pouco a perder versus muito a ganhar. Ou, no caso de uma fria, muito a perder versus pouco a ganhar.

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Já no mundo fundamentalista, não se ganha e nem se perde muito ou pouco, mas sim um valor pretensamente “justo”.

Veja que essa não é uma crítica só minha ou do Felipe.

Todos precisamos estar atentos aos novos tempos metodológicos, e o reconhecimento da lacuna já atinge o próprio mainstream da análise fundamentalista de empresas.

Por mainstream, aqui, me refiro ao Professor Aswath Damodaran – a mais icônica das figuras em defesa dos Fluxos de Caixa Descontados, presente em todos os programas de MBA do mundo (não estou exagerando).

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Em 2011, Damodaran foi escolha óbvia da Editora John Wiley & Sons para assinar o The Little Book of Valuation, cujo sugestivo subtítulo é “como valorar uma empresa, escolher uma ação e lucrar”.

Já em seu último livro publicado ( Narrative and Numbers), o discurso muda radicalmente.

Primeiro vem a narrativa, e só depois os números.

Para se valorizar na Bolsa, a ação do novo Damodaran não pode ter apenas cifras honestas em seus fluxos de caixa.

Ela precisa, acima de tudo, contar uma história impressionante, passada e futura.

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Contando uma história bem contada, ela é capaz de convencer uma massa de investidores a comprar agora, e a não vender tão cedo.

Com todo o respeito aos amantes de números, mas o ser humano foi geneticamente e socialmente programado para responder, principalmente, a estruturas narrativas.

É por meio de histórias, ideias e metáforas que atribuímos sentido às coisas do mundo.

Obviamente, respondemos melhor a histórias devidamente embasadas com evidências, e os números ajudam bastante nesse ponto.

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Porém, as ações – como sujeitos da frase – precisam usar seu acervo quantitativo como um alicerce para as histórias que contam, e não como uma história em si mesma.

As Melhores Ações da Bolsa serão sempre as melhores narrativas, sob a retaguarda de bons números.

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