Coluna
Coluna do Beto Assad

Até quando vai durar a festa no Ibovespa? Fed mantém script e os mercados agradecem

28 jul 2022, 15:01 - atualizado em 28 jul 2022, 15:02
Ibovespa
Ibovespa dá sinais que pode reverter baixa no curto prazo após falas do Fed. Resta saber até quando. Leia a coluna do Beto Assad, analista e consultor para o Kinvo. (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

Nesta semana, houve mais uma decisão de taxa de juros nos EUA. Pela quarta vez seguida em 2022, tivemos elevação da taxa por parte do Fed. E até o Ibovespa (IBOV) sai ganhando por ora.

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Se o aumento era algo esperado, tanto pelo mercado quanto pelas próprias declarações do banco central norte-americano, a magnitude desse incremento vinha gerando dúvidas nos especialistas de mercado.

Isso porque, a insistência da inflação em permanecer alta, a maior desde a década de 80 na principal economia do mundo, deixou uma “pulga atrás da orelha” de muitos economistas e investidores.

Muitas instituições financeiras, por exemplo, já defendiam abertamente uma alta na casa de 1 ponto percentual, acima do patamar indicado na última reunião do Fomc.

Ainda mais importante do que o aumento, o discurso de Jerome Powell (Presidente do Fed) daria uma ideia sobre como a entidade vê os desdobramentos da situação norte-americana e os futuros passos em relação à política monetária.

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Enfim, o suspense acabou, pelo menos por enquanto. A elevação da taxa ficou dentro do esperado, subindo 0,75 ponto percentual para o intervalo entre 2,25% e 2,50% ao ano.

Deu bom pro Ibovespa

Como sempre acontece em dia de decisão da taxa, os mercados financeiros entraram em grande volatilidade na hora da divulgação da taxa e depois houve calmaria até às 15h30 (horário de Brasília), momento em que Powell daria sua coletiva de imprensa.

O que se viu depois do discurso foi uma resposta extremamente positiva dos mercados.

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Por aqui, o Ibovespa engatou uma boa alta de 1,67%, começando a dar sinais, ainda que prematuros, de que pode tentar reverter sua tendência de baixa de curto prazo.

Lá fora, os três principais índices norte-americanos também subiram, com destaque para a alta de mais de 4% do Nasdaq (NDAQ), que representa empresas de tecnologia extremamente dependentes de juros mais baixos.

Mas o quê, precisamente, acabou trazendo esse bom humor aos mercados?

A festa dos mercados

Primeiro, o ajuste menor do que 1 ponto percentual já foi comemorado. Depois, o comunicado do Fed deu a entender que os ajustes continuarão a ser feitos, mas possivelmente em menor magnitude a partir da próxima reunião.

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Segundo Powell, tudo dependerá de como os próximos indicadores econômicos vão se comportar.

Isso deixa claro para mim que o mercado resolveu olhar o “copo meio cheio” da situação. E o motivo? O compromisso do Fed em trazer a inflação para o objetivo de 2%.

O país está numa situação praticamente de pleno emprego, e com a inflação bem acima da meta da entidade.

Ou seja, se a elevação agora não surtir o efeito desejado, até a próxima reunião, ninguém pode garantir que Jerome Powell e sua equipe não subam os juros no mesmo nível dessa semana, ou até maior.

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O próprio Powel deixou claro que um ajuste “atipicamente grande” pode ocorrer em caso de necessidade.

Somando-se a isso, com o provável cenário recessivo no médio prazo que está longe de ser descartado, as chances de o mercado ainda voltar a ter turbulência neste ano são muito grandes.

Dentro do script

Por mais que Jerome Powell acredite que a entidade monetária consiga controlar a inflação sem colocar o país necessariamente numa recessão, a tarefa é extremamente árdua.

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Quando analisamos a história e como os ciclos econômicos se comportam, fica difícil imaginar que os EUA escapem desse momento sem passar por um cenário de encolhimento de sua economia.

Qual o tamanho e proporção que isso vai tomar? Ninguém sabe ao certo. Mas, por enquanto, os especialistas avaliam as consequências de curtíssimo prazo para essa nova alta dos juros e as palavras amenizadoras do Fed.

E, como tudo aconteceu dentro do script menos pessimista para o momento, o mercado financeiro agradece.

Aproveite para conferir todas as colunas do Beto Assad aqui no Money Times.

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Analista e consultor financeiro no Kinvo
Beto Assad é analista de ações e consultor financeiro para o Kinvo, aplicativo que consolida investimentos de bancos e corretoras em um só lugar. Formado em Administração pela EAESP/FGV em 2004. Fez estágio na BM&F e tornou-se empreendedor antes de voltar ao mercado financeiro em 2009, trabalhando na Leandro&Stormer. Trabalhou posteriormente na Futura Invest, onde conheceu os sócios que criaram o Kinvo. Hoje, atua como analista de ações (CNPI-T) e é consultor de mercado financeiro.
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Beto Assad é analista de ações e consultor financeiro para o Kinvo, aplicativo que consolida investimentos de bancos e corretoras em um só lugar. Formado em Administração pela EAESP/FGV em 2004. Fez estágio na BM&F e tornou-se empreendedor antes de voltar ao mercado financeiro em 2009, trabalhando na Leandro&Stormer. Trabalhou posteriormente na Futura Invest, onde conheceu os sócios que criaram o Kinvo. Hoje, atua como analista de ações (CNPI-T) e é consultor de mercado financeiro.
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