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Até onde vai o apetite dos investidores estrangeiros pela Bolsa brasileira?

06 jul 2021, 17:06 - atualizado em 06 jul 2021, 18:02
E para a Ágora Investimentos, em rápido comentário enviado a clientes, mesmo com a alta da Selic as ações continuarão a ser atrativas vis-à-vis outros instrumentos de renda fixa neste momento (Imagem: geralt/Pixabay)

O primeiro semestre de 2021 bateu recorde de entrada de capital estrangeiro na Bolsa brasileira, com R$ 48 bilhões aportados, mais que o dobro dos R$ 20,3 bilhões anteriores de 2014.

Alta da commodities, economia aquecida pela retomada e vacinação foram alguns dos pontos levantados por analistas para justificar esse salto.

O aumento da taxas de juros, que deverá terminar o ano em torno de 6%, no entanto, coloca um ponto de interrogação na atratividade dos papéis brasileiros.

E para a Ágora Investimentos, em rápido comentário enviado a clientes, mesmo com a alta da Selic, os volumes devem estar próximos de R$ 30-35 bilhões de volume médio diário de negócios, e as ações continuarão a ser atrativas vis-à-vis ante outros instrumentos de renda fixa neste momento.

E o real?

As posições favoráveis ao real parecem agora “esticadas” depois de meses de valorização da divisa brasileira, disseram estrategistas do Morgan Stanley, que passaram a ter visão “neutra” para a taxa de câmbio.

Esse entendimento causou o fechamento de uma posição comprada em real contra o peso mexicano.

Entre os motivos para a maior cautela com o real, os profissionais citaram leitura de que a barra para surpresas “hawkish” por parte do Banco Central está alta, uma vez que a curva de juros embute aumento de 100 pontos-base da Selic na próxima reunião do Copom (3 e 4 de agosto), com taxa de 7,00% ao fim do ano.

“Dessa forma, embora o ciclo de alta (de juros) em curso deva continuar a fornecer suporte para o real, achamos que o carregado posicionamento comprado e um dólar potencialmente mais forte (no mundo) podem desencadear alguma retração da moeda (brasileira) no curto prazo”, disseram estrategistas em relatório.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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