Internacional

Aumento dos gastos da Alemanha prepara o terreno para a recuperação, diz o FMI

26 nov 2025, 6:20 - atualizado em 26 nov 2025, 6:20
economia da alemanha e trump
FMI aposta na recuperação da Alemanha enquanto país mantém poder econômico na UE (Unsplash/Kevin Woblick)

A reforma histórica das regras fiscais da Alemanha no início deste ano preparou o terreno para a recuperação econômica, mas as perspectivas de médio prazo continuam limitadas, afirmou o Fundo Monetário Internacional nesta quarta-feira (26) em um relatório.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Alemanha foi o único membro das economias avançadas do G7 que não conseguiu crescer nos últimos dois anos, sendo esperado apenas um crescimento modesto de 0,2% neste ano, segundo as previsões do FMI.

Os planos do novo governo alemão de aumentar fortemente os gastos com infraestrutura e defesa devem sustentar o crescimento, impulsionados por uma aceleração gradual do investimento e do consumo domésticos, disse o FMI, prevendo um crescimento real do PIB de cerca de 1,0% em 2026 e 1,5% em 2027.

O déficit deve se ampliar para cerca de 4% do PIB até 2027, com a dívida subindo para cerca de 68% do PIB no mesmo ano, ainda a menor entre as economias do G7.

Apesar do impulso fiscal, as perspectivas de médio prazo continuam limitadas pelo rápido envelhecimento da população e pelo fraco crescimento da produtividade, segundo o relatório.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Economistas afirmaram que o espaço fiscal agora disponível deve ser usado de maneira criteriosa para aumentar a capacidade produtiva de longo prazo da economia e ser complementado por reformas estruturais pró-crescimento.

Essas reformas poderiam incluir medidas para promover mais inovação e digitalização, reduzir burocracias, diminuir restrições à oferta de mão de obra e aprofundar a integração econômica europeia, disseram eles.

Motor que (ainda) move Europa

Em outro estudo divulgado nesta quarta-feira, a Alemanha aparece como a maior contribuinte líquida da União Europeia em 2024.

Levantamento do Instituto Econômico Alemão (IW) mostrou que embora seus pagamentos ao bloco tenham caído drasticamente em relação aos anos anteriores, a maior economia da Europa pagou 13,1 bilhões de euros (US$ 15,09 bilhões) a mais aos cofres da UE do que recebeu no ano passado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No entanto, a economia enfraquecida da Alemanha está cobrando seu preço: os pagamentos líquidos seguem uma tendência de queda — foram 19,7 bilhões de euros em 2022 e 17,4 bilhões de euros em 2023.

“O orçamento da UE é um espelho das relações de poder econômico na Europa”, disse a especialista do IW, Samina Sultan.

A França ficou em segundo lugar, com pagamentos líquidos de 4,8 bilhões de euros, seguida pela Itália com 1,6 bilhão de euros.

A Grécia foi a maior beneficiária líquida, com 3,5 bilhões de euros, à frente da Polônia com 2,9 bilhões e da Romênia com 2,7 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em termos per capita, os cidadãos alemães pagaram cerca de 157 euros líquidos à UE, o maior valor, seguidos pelos irlandeses com 130 euros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar