Aura estreia na Nasdaq e levanta US$ 196 milhões em IPO nos EUA; recursos vão financiar expansão e aquisição no Brasil

A Aura Minerals (AURA33) anunciou nesta terça-feira (15) a precificação de sua oferta pública inicial de ações (IPO) nos Estados Unidos, com a distribuição de 8.100.510 ações ordinárias ao preço de US$ 24,25 por papel. A operação movimentará aproximadamente US$ 196 milhões (cerca de R$ 1,06 bilhão ao câmbio atual), desconsiderando a opção adicional de ações concedida aos bancos coordenadores.
Com a operação, a mineradora inicia sua negociação na Nasdaq Global Select Market sob o ticker AUGO, parte de sua estratégia para transferir o principal local de listagem para os EUA, aumentando a liquidez dos papéis e ampliando o acesso a investidores globais.
Segundo a companhia, os recursos líquidos da oferta serão usados principalmente para:
- antecipar o pagamento da aquisição da Mineração Serra Grande S.A. (MSG), no Brasil;
- dar suporte a projetos estratégicos em desenvolvimento, como Era Dorada (Guatemala) e Matupá (Brasil);
- reforçar iniciativas de exploração mineral para expansão de reservas;
- e atender a propósitos corporativos gerais.
A oferta foi coordenada por grandes instituições financeiras internacionais: BofA Securities e Goldman Sachs atuaram como coordenadores globais, com BTG Pactual e Itaú BBA como bookrunners. Bradesco BBI, RBC, Scotiabank e outros completam o sindicato de bancos envolvidos.
A empresa informou que não haverá direito de preferência para os atuais detentores de BDRs listados na B3, nem qualquer oferta pública no Brasil, conforme exigências legais da CVM.
- LEIA TAMBÉM: As recomendações da research mais premiada da América Latina – como acessar relatórios do BTG Pactual como cortesia do Money Times?
Mineração 360° e expansão nas Américas
Com operações em Honduras, México e Brasil, a Aura aposta no modelo de Mineração 360°, que busca integrar resultados econômicos com impactos sociais e ambientais positivos. A companhia possui cinco minas em operação e múltiplos projetos de desenvolvimento, incluindo o de cobre em Carajás (PA).
A listagem nos EUA é vista como passo estratégico para financiar sua próxima fase de crescimento, em meio à demanda por metais preciosos e básicos no cenário global. A liquidação da oferta está prevista para 17 de julho, sujeita às condições habituais de fechamento.