Aura Minerals (AURA33): Após salto de 41% desde a listagem, Itaú BBA eleva preço-alvo
O Itaú BBA manteve a recomendação de compra da Aura Minerals (AURA33) e atualizou o preço-alvo para as ações AUGO para 2026, passando de US$ 35 para US$ 44. Com isso, os papéis têm um potencial de valorização de 22,5%.
O banco destaca que a ação da Aura subiu 41% desde sua listagem nos Estados Unidos, em setembro deste ano, impulsionada por uma combinação de preços mais altos do ouro e catalisadores específicos da empresa.
“Olhando à frente, acreditamos que a valorização ainda não acabou. Mantemos visão positiva não apenas sobre os preços do ouro, mas também sobre eventos microeconômicos que podem atuar como gatilhos para a ação, como avanços na exploração e execução de novos projetos de crescimento. Além disso, ainda consideramos a avaliação atrativa e apreciamos a capacidade da Aura de continuar financiando projetos de crescimento enquanto devolve caixa aos acionistas”, diz o relatório.
Operação da Aura em Almas
Em visita à cidade de Almas (TO), os analistas do Itaú dizem que ficaram, novamente, impressionados com o progresso da expansão subterrânea e desafogamento da planta, que permitirá maior produção no futuro.
O banco aponta que está incorporando as expansões brownfield da planta em seu modelo, que isso deve melhorar as taxas de recuperação e aumentar a capacidade de processamento. No entanto, ainda não foi incluído o aumento significativo de reservas e recursos que consideramos provável, dado o recente aumento das atividades de exploração na mina.
Aumento da estimativa de EBITDA
O Itaú revisou as estimativas de preço do ouro para US$ 3.750 por onça troy para 2026 e US$ 3.500/oz para 2027, ante as estimativas de US$ 3.200/oz e US$ 3.100/oz, respectivamente, mantendo a previsão de longo prazo em US$ 3.000/oz.
“Consequentemente, aumentamos nossa estimativa de EBITDA em 23% para 2026, para US$ 878 milhões”, diz o relatório.
Os analistas também projetam um FCF (fluxo de caixa livre) robusto para os próximos anos, resultando em um yield médio de 22% de 2026 a 2029 e um sólido dividend yield médio de 9%.
“Prevemos a continuação do momentum positivo para a Aura. Com múltiplos projetos passando do desenvolvimento para a produção, a empresa entra em uma fase de execução que determinará sua escala e posicionamento de mercado”, aponta.