Comprar ou vender?

AURE3, CPLE6, ELET3 e SBSP3: Nem os dividendos valem a compra de uma dessas ações

17 jul 2023, 14:40 - atualizado em 17 jul 2023, 14:41
Equatorial, energia, Raízen
Em maio, a Auren pagou R$ 1,50 ação, representando um rendimento de dividendos de 10%. (Imagem: Pixabay/PoldyChromos)

O Bradesco BBI alterou a recomendação para as ações da Auren (AURE3) de compra para neutra, mesmo ponderando que os dividendos continuam “elevados”.

A instituição, em relatório assinado por Francisco Navarrete e Ricardo França, estabeleceu o preço-alvo de R$ 15 para os papéis – potencial alta de 5%.

Analistas do banco disseram preferir os papéis de Copel (CPLE6), Eletrobras (ELET3) e Sabesp (SBSP3) – todos com recomendação de compra.

Para eles, o preço atual das ações da Auren, a R$ 14, parece justo, com o ativo negociado a uma taxa interna de retorno (TIR) real de 7,2% (1,80 pp acima do rendimento do Tesouro IPCA+ de longo prazo), muito próximo ao que Engie (EGIE3) e AES Brasil (AESB3) oferecem (entre 6 e 7%).

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Dividendos menores

Segundo o Bradesco BBI, a Auren pode cumprir “confortavelmente” sua promessa de pagar dividendos adicionais de R$ 1,50 no final de 2023, após securitização de R$ 4,2 bilhões dos recebíveis de Três Irmãos.

No entanto, o banco diz a companhia deve ter rendimento de dividendos menor entre 2024 e 2025, em torno de 7%, deixando a relação dívida líquida/Ebitda em quase 1,8x. A instituição considera os lucros recorrentes e pagamento de 95% para o cálculo.

“Se nenhum M&A for anunciado, a Auren poderia considerar aumentar a distribuição, embora isso provavelmente seja um assunto para o final de 2024/25”, disse.

Em maio, a Auren pagou R$ 1,50 ação, representando um rendimento de dividendos de 10%.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.