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Auren (AURE3) vai recomprar até 5,2 milhões de ações; veja detalhes

19 nov 2024, 18:48 - atualizado em 19 nov 2024, 21:53
(Imagem: Auren)

A Auren (AURE3) vai recomprar até 5,2 milhões de ações, o que representa 1,67% do total em circulação, mostra documento enviado ao mercado nesta terça-feira (19).

Segundo o documento, o objetivo da recompra é permitir o cumprimento de suas obrigações decorrentes do plano de outorga de ações restritas da companhia, conforme aprovado em reunião do conselho de administração realizada em 19 de novembro de 2024.

Atualmente, a elétrica conta com 323 milhões de ações e vale R$ 10,4 bilhões na bolsa.

O prazo máximo para a aquisição das ações objeto do 1º programa de recompra é de 18 meses.

Auren: Ação está barata?

No ano, a Auren acumula queda de 25%, em meio à compra de ativos da AES Brasil, em uma estratégia robusta da companhia.

A elétrica lucrou R$ 270,8 milhões no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 838,1 milhões registrado no mesmo período do ano passado.

O desempenho positivo reflete, em parte, a ausência dos impactos do reconhecimento tributário sobre a indenização da usina hidrelétrica Três Irmãos, que afetou os resultados do 3T23.

Na avaliação do BTG Pactual, a empresa apresentou números fracos.

Os analistas comentam que a entrada em operação da usina solar Sol do Jaíba, que atingiu início comercial em 20 de setembro, e os bons resultados da área de comercialização de energia compensaram os menores preços médios de venda de energia nos segmentos hidrelétrico e eólico e as restrições.

Após despesas financeiras líquidas de R$ 103 milhões (contra expectativa de R$ 127 milhões), resultado de equivalência patrimonial de R$ 58 milhões (contra R$ 53 milhões projetados) e uma alíquota de imposto de renda maior do que a esperada, o lucro líquido ajustado foi de R$ 108 milhões, frente estimativa de R$ 137 milhões.

A alavancagem foi reduzida para 1,6x dívida líquida/Ebitda, frente 1,87x no segundo trimestre deste ano.

O BTG avalia a Taxa Interna de Retorno (TIR) real de 11% como “bastante decente”. Ainda, destacam que o terceiro trimestre foi sólido na frente de vendas de energia, preenchendo as lacunas até 2028 e levando adiante o risco não contratado.

“Gostamos da Auren e temos uma recomendação de compra. O único motivo pelo qual não a consideramos uma das Top Picks é sua alavancagem pós-fusão, que levará a empresa a se concentrar na absorção da aquisição alavancada”.

Com Lorena Matos

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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