Automob (AMOB3) é compra para o BTG Pactual, que projeta salto de até 45% nas ações

O BTG Pactual iniciou a cobertura das ações da Automob (AMOB3) nesta quarta-feira (4) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 17.
A expectativa do banco é de que AMOB3 tenha uma valorização de 45,2% até o final do ano.
A companhia, fruto da cisão da Vamos, estreou na B3 e ingressou “automaticamente” na carteira teórica do Ibovespa em dezembro de 2024.
Os papéis, porém, deixaram o principal índice da bolsa brasileira em maio, quando estavam negociados abaixo de R$ 1,00 — o que infringe um dos critérios da B3 para a permanência do papel no Ibovespa.
Já no final de abril, a Automob realizou um grupamento de ações na proporção de 50 por 1, o que levou a cotação para o nível acima de R$ 10.
Nesta quarta-feira (4), as ações da companhia chegaram a subir mais de 5% durante o pregão na B3. AMOB3 fechou com alta de 4,61%, a R$ 12,25. Acompanhe o Tempo Real.
No ano, os papéis acumulam queda de mais de 31%.
Por que comprar as ações AMOB3 agora?
Para os analistas do BTG Pactual, a Automob é uma oportunidade de investimento atraente, com fundamentos sólidos, vantagens competitivas e um robusto posicionamento de mercados.
Com a reestruturação da Vamos, a companhia se tornou a maior rede de concessionárias no Brasil, com 192 lojas em 12 estados.
“Apesar desse domínio, sua participação de mercado permanece abaixo de 3% em todas as regiões operacionais, refletindo a natureza fragmentada do mercado de concessionárias brasileiro, onde mais de 80% dos players gerenciam menos de 15 lojas”, diz o relatório.
Nesse cenário, a companhia tem oportunidades significativas para aprimorar sua oferta de produtos e expandir seu portfólio, na visão dos analistas Lucas Maquiori e Fernanda Recchia.
Além disso, eles consideram que a rede de concessionárias tem “fortes oportunidades” de crescimento orgânico e de venda cruzada.
“Enxergamos potencial de crescimento orgânico e via M&A [fusão e aquisição], com grande espaço para ganho de market share em um setor ainda fragmentado”, escreveram os analistas.
Automob está ‘barata’
Segundo o BTG Pactual, as ações da Automob estão descontadas na comparação com outras empresas do mundo. Elas estão sendo negociadas por um valor equivalente a 4 vezes o lucro estimado para 2026, bem abaixo da média global, que é de 16 vezes.
“Vemos uma possível reprecificação com convergência aos pares”, escreveram Lucas Marquiori e Fernanda Recchia em relatório.
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O que esperar daqui para frente
O BTG Pactual projeta uma receita líquida consolidada de R$ 14,1 bilhões em 2025, um potencial de crescimento de 15% na base anual. Já para 2026, a estimativa é de R$ 15,7 bilhões, uma alta de 12% na comparação ano a ano.
Para o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), o banco prevê um total de R$ 725 milhões neste ano, um salto de 82% na base anual e R$ 911 milhões no ano seguinte.
O BTG ainda estima um prejuízo líquido de R$ 38 milhões neste ano, que deve ser revertido em 2026 para um lucro líquido de R$ 117 milhões, com os resultados de curto prazo ainda pressionados por resultados financeiros mais fracos.