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Avanço da produção da Império no Nordeste pode respingar na Ambev, afirma Ágora

26 out 2020, 21:16 - atualizado em 27 out 2020, 8:00
Império
De acordo com estimativas da corretora, a Império já é o quarto maior player de cerveja do Brasil (Imagem: Império/Facebook)

Um possível avanço da Cidade Imperial, dona da marca de cerveja puro malte Império, no Nordeste pode trazer impactos para Ambev (ABEV3), argumenta a Ágora em relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (26).

Segundo informações, a empresa solicitou à Agência Nacional de Mineração (ANM) o direito de explorar uma área próxima à fábrica da Heineken, em Alagoinhas, no interior da Bahia.

“A obtenção do direito de exploração da Império nessa região poderia permitir que ela avançasse com a construção de uma nova fábrica que trouxesse ainda mais pressão competitiva para a Ambev”, afirmaram os analistas Leandro Fontanesi e Ricardo França.

De acordo com estimativas da corretora, a Império já é o quarto maior player de cerveja do Brasil e tem aproveitado a crescente demanda por cervejas de puro malte no país.

Ainda segundo os analistas, espera-se que esta nova planta potencial em Alagoinhas tenha capacidade para 7 milhões de hectolitros (equivalente a cerca de 5% do volume total de cerveja do Brasil), “embora não haja datas de início e término programadas para este projeto”, ressaltam.

Disputa longa

A exploração em Alagoinhas está no centro de uma disputa judicial. O empresário Maurício Britto Marcellino da Silva ganhou um recurso que fez com que a Heineken perdesse o direito de explorar a água que abastece o complexo industrial. A ação corre na justiça há 26 anos.

A Heineken enviou um comunicado afirmando que em hipótese alguma sua fábrica em Alagoinhas será desativada. A companhia holandesa já investiu cerca de R$ 215 milhões no complexo industrial desde que foi inaugurado em 2010.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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