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Azevedo & Travassos (AZEV4) quer R$ 1 bilhão de receita anual, diz CEO, após saída da Reag

15 nov 2025, 15:00 - atualizado em 14 nov 2025, 19:50
CEO do grupo Azevedo & Travassos (AZEV4), Gabriel Freire.
CEO do grupo Azevedo & Travassos (AZEV4), Gabriel Freire. (Divulgação)

O CEO do grupo Azevedo & Travassos (AZEV4), Gabriel Freire, descreveu o terceiro trimestre (3T25) como de “recuperação” e “muito positivo”, em um ano marcado pela crise da Reag Investimentos, que afetou o desempenho das ações da empresa de infraestrutura. “Sem nenhum tipo de guidance, mas a nossa expectativa é gerar lucro”, disse ao Money Times.

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Freire afirmou que, se não fosse por uma questão contábil – a saída da empresa MKS –, o 3T25 teria sido o “melhor trimestre dos últimos cinco anos” da companhia.

Este prejuízo contábil decorre diretamente da crise reputacional da Reag Investimentos, companhia que assumiu o controle da Azevedo & Travassos em outubro de 2024 por meio do fundo Camaçari, incorporando a empresa MKS, que possuía um caixa de R$ 500 milhões destinado a financiar o plano estratégico.

No entanto, a Operação Carbono Oculto da Polícia Federal, em agosto deste ano, gerou uma crise reputacional e de liquidez na Reag. Em reação, Freire recomprou o controle, em 23 de setembro, e devolveu o ativo MKS ao fundo Camaçari, reconhecendo um impairment (prejuízo contábil) no investimento. O CEO afirma que o “efeito caixa da saída da MKS é zero”, sendo o impacto exclusivamente contábil.

No terceiro trimestre, a receita bruta atingiu R$ 127,7 milhões, um incremento de 45,3% sobre o 2T25 e de 213,2% em relação ao 3T24. O lucro bruto alcançou R$ 23,7 milhões, representando uma margem de 20,4%. Sem o impacto da MKS o lucro líquido foi de a R$ 12,6 milhões, mas com o efeito o resultado um prejuízo líquido consolidado de R$ 620,4 milhões.

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Receita de R$ 1 bi por ano e entrada no Ibovespa

Segundo Freire, as perspectivas de crescimento são sustentadas pela ampliação do backlog (contratos assinados) e do pipeline (oportunidades).

O backlog somava R$ 3,5 bilhões no final do 3T25 e subiu para R$ 4,1 bilhões com a assinatura do novo contrato para o Arco Viário Metropolitano de Pernambuco (Lote 2), estimado em cerca de R$ 631,9 milhões, segundo o CEO. 

A estratégia atual da empresa, disse, é baseada na verticalização em duas frentes: Engenharia Especializada (Heftos e A&T Infraestrutura), focada em obras de alta complexidade, onde as margens são melhores, e Investimentos (Concessões), que busca receita recorrente e maior previsibilidade por meio de rodovias e saneamento.

Com a reestruturação do passivo concluída, a dívida financeira da companhia hoje é zero, disse o CEO. Freire afirmou que a AZEV4, altamente desalavancada e com capacidade operacional plena, espera gerar lucro e faturar pelo menos R$ 1 bilhão por ano.

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A ambição de longo prazo é que a empresa “figure entre as grandes empreiteiras brasileiras” e talvez “almejar aí um Ibovespa” nos próximos anos.

O potencial de conversão de 20% do pipeline projeta um futuro backlog de R$ 10 bilhões, patamar que a colocaria entre as maiores empresas do Ibovespa, considerando uma margem Ebitda de 16% a 18%, de acordo com o CEO.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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