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Azul (AZUL4) amarga mais um dia negativo e despenca 13% nesta sexta-feira (25); o que está acontecendo?

25 abr 2025, 11:52 - atualizado em 25 abr 2025, 11:53
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Ações da Azul amargam mais um dia de queda no Ibovespa nesta sexta-feira (25) (Imagem: iStock/miglagoa)

A Azul (AZUL4) amarga mais um dia de queda, com perda novamente de dois dígitos apenas na primeira hora de pregão desta sexta-feira (25). Na véspera, a companhia aérea encerrou o pregão com recuo de 24%.

Por volta de 11h30 (horário de Brasília), os papéis derretiam 13,56%, a R$ 2,04. Acompanhe o tempo real.



Sem novos anúncios nesta sexta, permanece no radar do mercado o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, em mais um avanço no processo de reestruturação financeira.

A operação, concluída na noite de quarta-feira (24), levantou R$ 1,66 bilhãocom a emissão 464 milhões de novas ações. O novo capital social da companhia aérea passará a ser de R$ 7,13 bilhões.

Ao anunciar a oferta de ações, a Azul informou que emitiria inicialmente cerca de 450 milhões de ações preferenciais. Esse número poderia subir até cerca de 700 milhões, o que levaria a operação a movimentar até R$ 4,1 bilhões.

Apesar do potencial, apenas parte desse volume extra foi aproveitado.

Os analistas André Ferreira, do Bradesco BBI, e Wellington Lourenço e Larissa Monte, da Ágora Investimentos, destacam que a oferta consiste na troca da dívida por ações de R$ 1,6 bilhão (US$ 275 milhões) referente às notas com vencimento em 2029 e 2030.

“Apenas R$ 48 milhões foram subscritos, o que significa que a Azul continuará carregando aproximadamente US$ 100 milhões em dívidas que exigem uma emissão de capital de US$ 200 milhões ou mais para uma nova equitização (troca de dívida por ações)”, ponderam os analistas.

A XP Investimentos acrescenta que a demanda reduzida dos acionistas existentes acarretou uma entrada de novo capital inferior ao esperado por parte dos investidores.

Nas estimativas da equipe de analistas liderada por Pedro Bruno, a alavancagem da companhia deve diminuir apenas em 0,4 vez na relação dívida líquida/Ebitda. Vale destacar que a alavancagem nada mais é do que a utilização de recursos de terceiros de uma companhia para sua operação.

A alavancagem é medida pela relação dívida líquida sobre o lucro antes dos juros, tributos, depreciação e amortização (Ebitda). Quanto mais elevado o número, maior é o risco financeiro.

O último relatório de resultados da Azul, referente ao quarto trimestre de 2024 (4T24), mostrou uma alavancagem de 4,9 vezes. Com o follow-on, a aérea buscava reduzir o indicador para 3,4 vezes.

No entanto, os cálculos da XP apontam que o número cairia para 4,5 vezes relação dívida líquida/Ebitda.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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