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Azul (AZUL4) cai 8% após aprovação do aumento de capital; veja o que está no radar da aérea

05 fev 2025, 15:20 - atualizado em 05 fev 2025, 18:29
azul
Ações da Azul engataram queda após aprovação de aumento de capital (Imagem: Herbert Pictures/iStock)

As ações da Azul (AZUL4) assumiram a ponta negativa do Ibovespa (IBOV) nesta quarta-feira (5), após a companhia anunciar a aprovação de um aumento de capital de até R$ 6,1 bilhões – que deve ocasionar uma diluição dos acionistas minoritários.

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A operação se deve aos acordos firmados entre a Azul e determinados arrendadores e fornecedores de equipamentos que detêm parcela das obrigações de arrendamentos pendentes da Azul.

Os papéis da aérea recuaram 8,87%, a R$ R$ 3,80. Na máxima do dia, AZUL4 chegou a cair 9,35%. Acompanhe o tempo real.



O aumento de capital ocorrerá por meio da aquisição privada de novas ações preferenciais, no valor de, no mínimo, R$ 1,5 bilhão e, no máximo, R$ 6,1 bilhões, com a emissão de ao menos 47 milhões de ações e no máximo 191 milhões de ações, ao preço de R$ 32,08 cada.

A Azul passa por um processo de reestruturação financeira, e o aumento de capital tem como objetivo fortalecer o caixa da empresa, auxiliando na organização de seus passivos.

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O Bradesco BBI coloca que o anúncio já era esperado devido ao acordo com os arrendadores. Isso, somado a conclusão do processo de reestruturação, abre as portas para que a companhia foque na retomada do crescimento e em seu potencial vínculo com a Gol (GOLL4), avaliam os analistas.

A casa mantém a recomendação de compra para a Azul e preço-alvo de R$ 6,00.

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O que está no radar da Azul

A Azul iniciou 2025 com uma série de eventos no radar, impactando o desempenho de suas ações. Em janeiro, a AZUL4 se destacou no índice, registrando uma valorização de quase 30%.

Além disso, a Azul e a Gol chamaram a atenção do mercado ao anunciarem a assinatura do aguardado Memorando de Entendimentos Não Vinculante (MoU), sinalizando uma possível combinação de negócios.

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Ainda há um caminho a percorrer para que a fusão seja concretizada, como a conclusão do processo de recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11) da Gol, previsto para abril deste ano.

Na última semana, a aérea anunciou a conclusão da reestruturação das suas dívidas, incluindo acordos com detentores de títulos, arrendadores e fabricantes — abatendo US$ 1,6 bilhão.

Conforme o comunicado enviado ao mercado pela Azul, a companhia também captou US$ 525 milhões adicionais (o que equivale a pouco mais de R$ 3 bilhões), em Notas Superprioritárias, com vencimento em 2030. Esse era o último passo da reestruturação, iniciada em 2024.

Com essas operações, a empresa afirma que a alavancagem deve recuar. Assim, a relação dívida líquida/Ebitda sairá de 4,8x para 3,4x em relação ao nível do terceiro trimestre do ano passado.

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Entre as medidas acordadas estão as negociações com arrendadores e fabricantes, que resultaram na substituição de US$ 557 milhões em emissão de ações por 94 milhões de novas ações preferenciais AZUL4. Além disso, houve a extinção de US$ 243,6 milhões em notas, que foram substituídas por novos acordos comerciais.

A companhia também realizou a emissão de novas notas sem garantia com vencimento em 2032. Como resultado dessas ações, houve uma melhoria no fluxo de caixa de US$ 300 milhões entre 2025 e 2027.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.