Destaques da Bolsa

Azul (AZUL4) e Gol (GOLL54) saltam até 17% nesta sexta-feira (12), em meio à queda do dólar e curva de juros

12 set 2025, 16:14 - atualizado em 12 set 2025, 16:14
Azul gol
As ações da Azul e Gol operam em alta no pregão desta sexta-feira (12) (Imagem: iStock/Matheus Obst)

As ações da Azul e Gol performam entre as maiores altas da bolsa brasileira no pregão desta sexta-feira (12), na contramão do principal índice, o Ibovespa (IBOV). Nas máximas do dia, AZUL4 chegou a saltar 17%, enquanto GOLL54 subiu 10%.

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Negociadas fora do IBOV, AZUL4 avançava 6,56%, a R$ 1,30 por volta de 15h20 (horário de Brasília), enquanto GOLL54 avançavam 3,22%, a R$ 6,41.





Na avaliação de Felipe Sant’Anna especialista em investimentos do grupo Axia Investing, o movimento reflete a forte queda do dólar e da curva de juros. Nesta sexta, por volta de 15h53, a moeda caía 0,75%, a R$ 5,3495.

Sant’Anna destaca que o dólar frente ao real está nas mínimas do ano e, tendo em vista que a maioria dos custos das companhias aéreas são indexados a moeda, o movimento proporciona alívio no fluxo de caixa das aéreas e melhora a projeção de desempenho.

“Não podemos esquecer do ‘stop’ dos vendidos, pois quanto mais a ação sobe, mais apostadores da queda encerram a operação”, coloca o especialista.

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No início desta semana, Azul e Gol chegaram a saltar mais de 60% e 40%, respectivamente, em meio a um movimento de short squeeze.

short squeeze é caracterizado pela rápida alta de uma ação, forçando os investidores que apostaram na queda do preço do ativo (chamada venda a descoberto) a recomprarem as ações para conter a perda. É justamente essa recompra que impulsiona ainda mais a disparada da ação.

No último mês, as ações da Azul acumulam alta de mais de 116% em meio a este movimento, enquanto Gol tem avanço acumulado de 19%. Vale lembrar que esta última deixou recentemente o Chapter 11.

União Azul e Gol

O acordo de codeshare entre as companhias aéreas, anunciado no ano passado, precisa ser notificado em até 30 dias corridos para ser analisado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), sob risco de ser considerado como prática de “gun jumping” em maio de 2026, decidiu a autarquia por unanimidade no dia 03 de setembro.

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Vale lembrar que o codeshare é um acordo entre duas companhias aéreas que permite que uma comercialize um voo operado por outra.

Tradicionalmente, acordos de prazo definido de codeshare não precisam ser notificados ao Cade por envolverem companhias locais e internacionais.

No entanto, o acerto entre Gol e Azul, além de envolver duas grandes empresas nacionais, foi definido por prazo indeterminado, ponderou o relator, Carlos Jacques Vieira Gomes, ao comentar seu voto que foi acompanhado pelos outros conselheiros do tribunal.

Além da notificação da operação, as duas companhias aéreas ainda ficaram proibidas de expandir o codeshare nas rotas que ainda não foram atingidas pelo compartilhamento de voos antes da análise do acordo pelo Cade.

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Caso optem por não fazer a notificação em 30 dias, Gol e Azul terão que desfazer o acordo de codeshare, segundo a decisão.

Ainda, está no radar a possível combinação de negócios. De início, a conclusão do Chapter 11 da Gol estava entre as pendências cruciais para que o negócio pudesse andar.

Passados alguns meses, o cenário mudou: enquanto a Gol concluiu o processo, a Azul anunciou a entrada na recuperação judicial nos EUA.

No fim de maio, Fabio Campos, vice-presidente institucional e corporativo da Azul, disse à jornalistas que o foco atualmente está “100% na reestruturação”.

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*Com informações da Reuters

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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