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Azul (AZUL4) vê prejuízo ajustado saltar 460,4% no 1T25, a R$ 1,8 bilhão

14 maio 2025, 9:57 - atualizado em 14 maio 2025, 9:57
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A Azul divulgou seu balanço referente ao primeiro trimestre de 2025 (Imagem: iStock/miglagoa)

Azul (AZUL4) registrou lucro líquido de R$ 783,1 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25), uma reversão do prejuízo de R$ 1,1 bilhão registrado no mesmo período do ano passado. Na linha ajustada, no entanto, a companhia aérea viu o prejuízo crescer 460,4%, atingindo -R$ 1,8 bilhão no período de janeiro a março deste ano.

O resultado ajustado exclui o direito de conversão relacionado às debêntures conversíveis e tem ajuste por resultados de derivativos não realizados e moeda estrangeira.

Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 2,1% em base anual, atingindo R$ 1,3 bilhão. Já a margem Ebitda ficou em 25,7%, um recuo de 4,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período em 2024.

A Azul atribui o recuo no Ebitda principalmente à desvalorização do real ante o dólar, preços de combustível mais altos, e inflação.

Na linha de receita líquida total, houve um incremento de 15,3% em comparação anual, totalizando R$ 5,3 bilhões no primeiro trimestre de 2025.

A receita de transporte de passageiros somou R$ 5 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um avanço de 15,2% no ano. Já cargas e outras receitas totalizaram R$ 377 milhões, alta de 17,3% em comparação anual.

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Outros números do balanço

A linha de custos e despesas operacionais total ficou negativa em R$ 4,8 bilhões no trimestre, uma alta de 24,4% em comparação com o primeiro trimestre de 2024.

No 1T25, a capacidade consolidada medida em assentos-quilômetro oferecidos (ASK) cresceu 15,6% ano contra ano, impulsionada por um aumento de 39,2% nas operações internacionais, segundo a companhia.

No trimestre, a Azul transportou cerca de 8 milhões de passageiros, um aumento de 9,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O tráfego de passageiros (RPK) durante o trimestre cresceu 19,4%.

“Nossa operação no trimestre foi severamente impactada por fatores macroeconômicos. CASK (custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetro oferecidos) total aumentou 8%, principalmente devido a uma desvalorização média de 18,0% do real brasileiro em relação ao dólar americano, uma inflação de 5,5% nos últimos 12 meses e um aumento de 3,0% nos preços dos combustíveis”, diz a Azul no relatório de resultados.

Segundo a aérea, o CASK também foi impactado pelo aumento de 33% nas despesas de depreciação e amortização, impulsionado pelo crescimento de nossa frota em comparação ao primeiro trimestre do ano passado, como resultado do nosso de transformação da frota.

“Esses impactos foram parcialmente compensados por iniciativas de redução de custos e melhorias de produtividade”, diz a companhia.

Veja o balanço da Azul na íntegra

 

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.