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B3 (B3SA3) com operação 24/7? Diretor responde sobre mudança de horário e cenário macro

05 maio 2025, 13:25 - atualizado em 05 maio 2025, 13:25
B3
A B3 está de olho na ampliação do horário de operação (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

A B3 (B3SA3) está de olho na ampliação do horário de funcionamento, buscando seguir uma tendência de expansão da disponibilidade aos investidores. Durante participação em evento da ABAI (Associação Brasileira dos Assessores de Investimentos), Felipe Paiva, diretor de relacionamento com clientes, pessoas físicas e educação da Bolsa, afirmou que essa é uma onda que está vindo e deve ser surfada pela companhia.

Ao Money Times, Paiva destacou que a mudança de comportamento neste sentido já foi percebida, com uma demanda do investidor para operar fora dos horários habituais de negociação. A B3 já estuda modificar os horários de pregão.

“Pretendemos ampliar os horários de negociação para chegar talvez às 20h, 21h, para conseguir capturar esse tipo de mudança comportamental também. Não é só uma coisa brasileira, várias bolsas internacionais já estão fazendo esse movimento também”, pondera o diretor.

No entanto, ao menos por agora, Paiva descarta um funcionamento 24/7, classificando o movimento como “audacioso”. Segundo ele, a intenção é ampliar o funcionamento durante os dias da semana e, a partir disso, entender a recepção da mudança pelos investidores.

O diretor reconhece a existência de desafios, com destaque para a gestão dos funcionários e uma adaptação das instituições e sistemas. Paiva destaca que a B3 vem mantendo conversas com o Banco Central e com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) neste sentido.

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Aposta da B3 é a diversificação

Em meio a um cenário macroeconômico turbulento, Paiva aponta a diversificação de produtos como a estratégia agora.

Segundo ele, apesar de a Bolsa ser muito atrelada as ações e ao mercado de renda variável, o movimento de renda fixa, Tesouro Direto, entre outros produtos, formam um posicionamento da B3 para estar em todo o momento do investidor.

“Temos que acompanhar essa movimentação, já que uma taxa de juros de 14% muda absolutamente o modo como as pessoas enxergam o investimento. Nós temos que estar ali oferecendo toda a prateleira de produtos para isso”, afirma.

Vale destacar que nesta terça e quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para decidir o futuro da taxa básica de juros (Selic).

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.