B3 (B3SA3) e XP: Goldman recalibra apostas e rebaixa uma ação e eleva outra

O Goldman Sachs recalibrou suas apostas para empresas do mercado financeiro e rebaixou a B3 (B3SA3) de compra para neutra, com preço-alvo R$ 14,50, antes em R$ 14,80, e XP (XP;XPBR31) de neutra para compra, com preço-alvo de US$ 23, antes em US$ 17, o que implica potencial de 24%.
Para o BTG (BPAC11), o banco manteve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 45, antes em R$ 46.
Segundo os analistas, a XP deverá lucrar mais, enquanto a companhia está com custo menor de capital próprio.
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Agora, o Goldman assume uma taxa de pagamento de dividendos de 75% para os próximos 10 anos e premissa terminal (de 50%/70% antes).
“Vemos a empresa bem posicionada para se beneficiar da alavancagem operacional, com riscos positivos adicionais caso o crescimento da receita acelere ainda mais. Um índice de capital saudável também deve apoiar dividendos e programas de recompra de ações”.
O banco recorda que a receita com renda variável caiu de 40% em 2021 para 21% no primeiro trimestre de 2025, enquanto a de renda fixa subiu de 13% para 22% no mesmo período.
“Estimamos que a receita cresça a uma taxa de dois dígitos baixos, com potencial de alta se os juros caírem mais rápido”.
Já a B3…
No caso da B3, o Goldman diz que a companhia está agora próximo de seu valor justo, após um rali de 43% desde dezembro de 2024.
“Embora continuemos acreditando que a diversificação das receitas dará suporte ao crescimento, vemos pouco espaço para expansão de margem adicional”.
Agora, o papel negocia com prêmio de 76% sobre o Ibovespa — bem acima da média histórica de 57%.
Ainda segundo o Goldman, riscos jurídicos e concorrenciais ainda representam obstáculos importantes.
Aluns riscos positivos são:
- Queda maior dos juros ou maior entrada de capital estrangeiro, elevando o volume de ações;
- Maior adoção de novos produtos;
- Maior controle de despesas, elevando margens.
Já os riscos negativos incluem:
- Crescimento de volumes ou tarifas abaixo do esperado;
- Concorrência real, principalmente com interoperabilidade;
- Decisões judiciais desfavoráveis nos processos de ágio e contratos cambiais.