Comprar ou vender?

B3 (B3SA3) e XP: Goldman recalibra apostas e rebaixa uma ação e eleva outra

04 jun 2025, 18:53 - atualizado em 04 jun 2025, 18:54
ações - carteira recomendada - mercados - inflação
Segundo os analistas, a XP deverá lucrar mais, enquanto a companhia está com custo menor de capital próprio (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

O Goldman Sachs recalibrou suas apostas para empresas do mercado financeiro e rebaixou a B3 (B3SA3) de compra para neutra, com preço-alvo R$ 14,50, antes em R$ 14,80, e XP (XP;XPBR31) de neutra para compra, com preço-alvo de US$ 23, antes em US$ 17, o que implica potencial de 24%.

Para o BTG (BPAC11), o banco manteve a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 45, antes em R$ 46.

Segundo os analistas, a XP deverá lucrar mais, enquanto a companhia está com custo menor de capital próprio.

  • VEJA MAIS: Itaú BBA, BB Investimentos, Safra, BTG Pactual e outros bancos selecionaram os ativos mais promissores para ter em carteira – veja quais são

Agora, o Goldman assume uma taxa de pagamento de dividendos de 75% para os próximos 10 anos e premissa terminal (de 50%/70% antes).

“Vemos a empresa bem posicionada para se beneficiar da alavancagem operacional, com riscos positivos adicionais caso o crescimento da receita acelere ainda mais. Um índice de capital saudável também deve apoiar dividendos e programas de recompra de ações”.

O banco recorda que a receita com renda variável caiu de 40% em 2021 para 21% no primeiro trimestre de 2025, enquanto a de renda fixa subiu de 13% para 22% no mesmo período.

“Estimamos que a receita cresça a uma taxa de dois dígitos baixos, com potencial de alta se os juros caírem mais rápido”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já a B3…

No caso da B3, o Goldman diz que a companhia está agora próximo de seu valor justo, após um rali de 43% desde dezembro de 2024.

“Embora continuemos acreditando que a diversificação das receitas dará suporte ao crescimento, vemos pouco espaço para expansão de margem adicional”.

Agora, o papel negocia com prêmio de 76% sobre o Ibovespa — bem acima da média histórica de 57%.

Ainda segundo o Goldman, riscos jurídicos e concorrenciais ainda representam obstáculos importantes.

Aluns riscos positivos são:

  • Queda maior dos juros ou maior entrada de capital estrangeiro, elevando o volume de ações;
  • Maior adoção de novos produtos;
  • Maior controle de despesas, elevando margens.

Já os riscos negativos incluem:

  • Crescimento de volumes ou tarifas abaixo do esperado;
  • Concorrência real, principalmente com interoperabilidade;
  • Decisões judiciais desfavoráveis nos processos de ágio e contratos cambiais.

Compartilhar

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.