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B3 (B3SA3) precisa se preparar para concorrência, que deve impactar ação no curto prazo, diz Genial

16 jun 2022, 13:00 - atualizado em 15 jun 2022, 11:27
B3 B3SA3
Apesar do ambiente desafiador, a Genial mantém a recomendação de compra para a B3, com um preço-alvo de R$ 16,00 (Imagem: Shutterstock)

As novas resoluções 133, 134 e 135 da CVM (Comissão de Valores Imobiliários) devem impactar negativamente a B3 (B3SA3), que precisa se preparar para um mercado com mais competição, avalia a Genial Investimentos.

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A autarquia responsável pela regulamentação dos mercados realizou duas mudanças principais: a definição dos critérios para o best execution (melhor execução das ordens) e a regulamentação para que block trades (negociações de grandes lotes) passem a poder ser negociados fora do ambiente de Bolsa.

A medida prevê a “possibilidade de negociação de block trades em OTC permite que parte do volume negociado em bolsa seja capturado por outras instituições”, explicam Eduardo Nishio e Bruno Bandiera, analistas da corretora.

Conforme os especialistas, a decisão é  “mais um dos fatores negativos no curto-prazo que pesam sobre o preço da ação”. Além da mudança, o ambiente macroeconômico, a queda dos volumes negociados na Bolsa, riscos de competição e potenciais passivos judiciais já estavam pesando sobre os papéis.

Os papéis da B3 acumulam queda de quase 30% em 12 meses, a cerca de R$ 11,67, e estão praticamente estáveis no último mês.

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Longo prazo

Apesar do ambiente desafiador, a corretora mantém a recomendação de compra para a B3, com um preço-alvo de R$ 16 para as açõeso que indica uma alta potencial de cerca de 39%.

Em uma perspectiva de longo prazo, Nishio e Bandiera acreditam que eventualmente a atividade econômica volte a patamares normalizados, com juros em queda, “cenário esse que beneficiaria a maior parte dos produtos da B3, reforçando a nossa tese construtiva para a empresa”.

Além disso, os especialistas defendem que o mais provável seja o surgimento de um novo competidor com plataformas de negociação bilateral ou em uma plataforma multilateral que se utiliza da pós-negociação da companhia.

“A continuidade da concentração da pós-negociação na B3 mitigaria os impactos da maior competição em negociação”, defendem.

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Nesse cenário, o impacto seria reduzido, já que apenas cerca de 20% do preço do segmento listado da B3 é justificado pelos serviços de negociação e 80% pela pós negociação.

Monopólio de mercado

A B3 (Brasil, Bolsa e Balcão) é uma empresa que resultou de sucessivas fusões com outras companhias no mercado de ações e negociação.

Entre os anos 2000 e 2005, ocorreu um movimento nacional de integração das Bolsas de Valores que existiam no país.

Existiam nove empresas que operavam opções no mercado, mas após a fusão entre a Bovespa (antiga Bolsa de São Paulo) e a Bolsa do Rio de Janeiro, passou a existir apenas uma empresa responsável pelas movimentações no Brasil.

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Em 2008, a Bovespa se fundiu com a Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuro (BM&F), responsável pela negociação de commodities.

A companhia foi chamada de BM&F Bovespa até 2017, quando ela se unificou com a Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Privador (Cetip), e se tornou a B3 o que o mercado conhece atualmente, com o monopólio no mercado de Bolsas de Valores no Brasil, e a maior Bolsa da América Latina.

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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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