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B3, CERC, CIP e CRDC adotam blockchain Corda para registro de duplicatas

20 ago 2020, 11:03 - atualizado em 20 ago 2020, 11:03
Corda se apresenta como uma plataforma blockchain/registro distribuído de código aberto criada para empresas, pois permite que estas transacionem de forma direta e privada usando contratos autônomos, reduzindo custos de transação e de registro e facilitando operações comerciais (Imagem: Twitter/Corda)

Nesta quinta-feira (20), as empresas B3, CERC, CIP e CRDC anunciam a adesão do blockchain corporativo Corda, criado pela R3, para garantir a singularidade do registro de ativos financeiros compartilhados entre as empresas.

Essa iniciativa vem após a regulamentação do Banco Central, publicada em setembro de 2019, para que registradoras adotem mecanismos que garantam a unicidade de ativos financeiros registrados como garantia em operações de crédito (gravames).

“É um projeto desenvolvido pela R3 em parceria com estas quatro empresas. Esta plataforma comum cria um ambiente distribuído onde eles podem trocar informações com criptografia, controle de acesso e preservação da privacidade dos dados. É o primeiro caso de uso de registradoras conectadas entre si por blockchain. Essas empresas estão criando uma estrutura técnica e regulatória única no mundo”, afirma David E. Rutter, fundador e CEO da R3.

“Conseguimos trazer a máxima segurança para os financiadores sem abrir mão de maior oferta de serviços a preços justos pelas registradoras competindo entre si”, afirma Marcelo Maziero, cofundador da CERC.

A nova plataforma trará vantagens também para os clientes das registradoras.

“Eles terão a garantia de que o registro realizado está íntegro, é único e está disponível. Vamos trazer mais segurança, unicidade da informação e mais confiança naquilo que eles trazem para a registradora. Isso reduz o risco drasticamente, reduz a necessidade de garantias e diminui custos para toda a cadeia quando temos uma plataforma dessa em operação”, destaca Aldo Luiz Chiavegatti Filho, superintendente de infraestrutura do mercado financeiro da CIP.

O Corda Enterprise foi projetado especificamente para ambientes altamente regulamentados com requisitos exigentes em torno da qualidade de serviço e da infraestrutura de rede em que operam, tornando-o uma base de tecnologia ideal para uma plataforma de negociação.

R3 é uma empresa de software blockchain comercial que trabalha com um amplo ecossistema de participantes do mercado, tanto do setor público como do setor privado (Imagem: Twitter/R3)

A R3, responsável pela criação do blockchain Corda, é uma empresa de software corporativo pioneira na indústria de transformação digital, fornecendo tecnologia de blockchain desenvolvida para todos os tipos de negócio e segmentos.

A escolha do blockchain para a construção da plataforma privada começou ainda no ano passado e, segundo Maziero, da CERC, a escolha da plataforma Corda resolveu uma série de restrições existentes em outras tecnologias.

“Um exemplo é que as participantes não terão acesso a todas as informações, somente àquelas que devem ser compartilhadas entre elas para o cumprimento do objetivo estabelecido. Nos pareceu a melhor alternativa funcional: tem criptografia, controle de acesso e preservação dos dados”, disse ele.

A B3 S.A. é uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro do mundo e uma das maiores em valor de mercado, entre as líderes globais do setor de bolsas.

Já a Central de Recebíveis (CERC) é a primeira infraestrutura do mercado financeiro especializada em crédito e recebíveis. A Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) é uma associação civil sem fins lucrativos que integra o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

A Central de Registros de Direitos Creditórios (CRDC) é uma empresa de tecnologia homologada pelo Banco Central do Brasil como Registradora de Ativos Financeiros que atua em todo o país no segmento de recebíveis.

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