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Bancão ‘imbatível e barato’ cai nas graças de gestora com R$ 40 bi na carteira; ‘Não está fácil para a concorrência’

22 fev 2023, 16:52 - atualizado em 22 fev 2023, 16:52
Itaú
Para a IP, com perspectivas mais promissoras, provenientes de uma gestão com demonstrada capacidade de adaptação, é hora de voltar a comprar (Imagem: REUTERS/Rodrigo Garrido)

A IP, uma das mais tradicionais gestoras do mercado, com R$ 40 bilhões sob gestão, voltou a comprar Itaú (ITUB4) depois na entrega dos resultados do quarto trimestre. Na ocasião, o banco lucrou R$ 7,66 bilhões, elevação de 7% comparado ao mesmo período do ano passado.

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Apesar de ter ficado abaixo das expectativas, muito em função da Americanas (AMER3), os números do Itaú encheram os olhos de analistas e investidores.

“Em 2022, foi o banco que mais adicionou clientes entre os incumbentes. Em investimentos, vem aumentando o leque de soluções e oferecendo produtos cada vez mais atraentes. Na área de atacado, em 2022, realizou mais emissões de renda fixa do que BTG (BPAC11) e XP (XP) somados. O que mais temos ouvido dos competidores é que não está fácil competir com o Itaú atualmente”, diz trecho da carta.

Sobre o quarto trimestre, a IP diz que chamou atenção como os resultados do Itaú têm sido superiores aos dos seus grandes concorrentes privados – em inúmeras métricas.

“É uma disparidade que não se via com frequência no passado. Sinal de que o banco está no caminho certo e que melhorou seus resultados não apenas pela melhor conjuntura imposta pelo aumento de juros, que tornou a vida das fintechs mais difícil”, coloca.

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Para a IP, com perspectivas mais promissoras, provenientes de uma gestão com demonstrada capacidade de adaptação, é hora de voltar a comprar, “com o benefício adicional de encontrar um valuation mais atraente do que quando vendemos em 2018”.

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O sucesso por trás do resultado do Itaú

Itaú e o Bradesco (BBDC4), os dois maiores bancos da bolsa, divulgaram seus resultados com reações bem distintas realizando, porém, o mesmo movimento: ambos reservaram 100% do provisionamento da Americanas.

Enquanto a ação do Itaú saltou 8,27%, o Bradesco caiu 7% no dia após o resultado.

Mas o que explica a reação tão distinta entre os bancos? Para começar, o Bradesco era mais exposto à Americanas, com R$ 4,7 bilhões, contra R$ 2,2 bilhões do seu rival.

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Milton Rabelo, da VG Research, lembra que o Bradesco possui um volume de empréstimos para a empresa que significa 0,5% de seu portfólio de crédito e 3,1% do patrimônio líquido, ao passo que os empréstimos do Itaú à varejista representam menos de 2% do patrimônio líquido e 0,2% da carteira de crédito.

Mas não só isso. Para ele, o Itaú vem reportando resultados sólidos e tem conseguido expandir os empréstimos mais rentáveis, ao passo que mantém o índice de inadimplência sob relativo controle.

“Isso decorre devido ao uso de tecnologias que permitem uma análise mais assertiva da capacidade de pagamento dos tomadores de crédito”, diz.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.