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Banco ABC vai bem onde as fintechs vão mal

08 set 2021, 14:42 - atualizado em 08 set 2021, 14:42
Banco ABC
A corretora elevou a recomendação do Banco ABC de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 24, potencial de alta de 36% ante o último fechamento (Imagem: Linkedin/Banco ABC)

O Banco ABC (ABCB4) nada de braçada em um setor difícil para outros bancos, como fintechs: o segmento de middle, ou de médias empresas, aponta o Itaú BBA.

“O mercado de crédito corporativo do segmento não é para amadores. O Banco ABC tem cuidadosamente expandido seu portfólio no segmento, que já alcançou R$ 2,4 bilhões (11% da carteira de crédito), com inadimplência abaixo de 1%”, observa.

Essa alta, lembra o BBA, contribuiu para um crescimento de 15% na carteira de crédito e de 22% na margem financeira com clientes no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2020.

A corretora elevou a recomendação do Banco ABC de neutra para compra, com preço-alvo de R$ 24, potencial de alta de 36% ante o último fechamento. 

Ainda segundo o BBA, os resultados do banco têm superado as estimativas por dois trimestres consecutivos, com surpresas positivas em spreads.

“O upgrade também foi motivado por um fator estratégico. Vemos diversas empresas e fintechs entrando no desafiador – e rentável – mercado de crédito, segmento em que o Banco ABC tem histórico comprovado em concessão, sólida base de funding e consistente geração de lucro”, afirma. 

Além disso, a empresa é uma opção para o investidor que quer lucrar com small caps (empresas de menor capitalização de mercado quando comparadas às tradicionais blue chips) pelos resultados consistentes, precificação razoável e bom potencial de valorização, além da oportunidade adicional de explorar novas avenidas de crescimento, diz.

Estimativas

Para 2021 e 2022, os analistas Pedro Leduc e Mateus Raffaelli, que assinam o relatório, elevaram as projeções de lucro em 7% e 4%, respectivamente, graças aos bons resultados recentes.

“Nos nossos números temos um crescimento de carteira, na comparação anual, de 12% e 10% em 2021 e 2022, respectivamente. A margem financeira deve crescer a um ritmo ainda mais acelerado, graças a um melhor mix, com aumento da representatividade do Middle Market na carteira”, argumentam.

ABC Brasil ou Banrisul?

Agora que a qualidade do ativo dos bancos de médio porte deixou de ser a maior preocupação do mercado, os investidores devem focar em geração de receita e pressão inflacionária. E, nesse contexto, quem se sai melhor é o ABC Brasil.

Bank of America observou uma tendência positiva nos resultados do segundo trimestre do ano do ABC que provavelmente continuará nos próximos trimestres, suportada pelo sólido momentum de ganhos.

“Estimamos que o ABC postará uma geração de receita forte, apoiada pelo sólido crescimento do portfólio de crédito e um mix melhor, assim como pela melhoria na geração de receitas de tarifas devido à melhora na diversificação”, afirmou o banco.

No caso do Banrisul (BRSR6), o Bank of America não está tão otimista assim. Enquanto os bancos brasileiros sob a cobertura da instituição apresentaram uma média de crescimento na carteira de crédito de 13% no comparativo anual entre abril e junho de 2021, o Banrisul entregou avanço de apenas 2%.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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