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Banco Central está “supertranquilo” com inflação e não vê motivação para política monetária diferente, diz Kanczuk

06 nov 2020, 15:34 - atualizado em 06 nov 2020, 15:34
Banco Central
Kanczuk destacou que parte da inflação de curto prazo mais alta já era esperada pelo BC conforme foi comunicado em setembro (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Há pressão inflacionária corrente na economia brasileira, mas o Banco Central não vê o movimento adentrando 2021 e 2022, razão pela qual segue “supertranquilo”, indicou o diretor de Política Econômica da autarquia, Fabio Kanczuk, nesta sexta-feira.

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“Isso não deve fazer política monetária ser diferente”, disse ele em participação online no evento Itaú MacroVision. “Na nossa leitura, é algo temporário.”

Kanczuk destacou que parte da inflação de curto prazo mais alta já era esperada pelo BC conforme foi comunicado em setembro.

Ele reconheceu que a magnitude do avanço foi maior, mas frisou que isso não deve constituir um problema para os próximos dois anos –horizonte relevante para a política monetária–, já que o BC prevê retração da demanda “semiartificial” impulsionada pelo auxílio emergencial, com volta do hiato do produto e dos preços.

“Antes da pandemia a gente estava com hiato grande e estava com a inflação muito baixa. Então o cancelamento da pandemia voltaria para essa situação onde a inflação baixa era um problema, e não inflação alta”, frisou.

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“Na cabeça do Banco Central as coisas estão acontecendo meio como a gente esperava”, disse. “A gente está de olho, até porque é nosso trabalho ver em que sentido isso se manifesta no resto dos preços, mas por enquanto, supertranquilo.”

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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